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Aumento de capital de R$ 1 bi da Cemig traz diluição, mas com chance de venda com lucro

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A Cemig a empresa divulgou ontem que planeja fazer um aumento de capital de até R$ 1 bilhão para reforçar o caixa e financiar a renovação do contrato de concessão da Usina de Miranda, que está indo a leilão esta semana. A decisão foi vista como negativa por boa parte do mercado, uma vez que a oferta diluirá os atuais acionistas, que terão o direito de subscrever o papel por um preço mais baixo. O governo do Estado de Minas, que hoje tem 51% das ações ordinárias, deve subscrever o máximo que puder para manter o controle da companhia.

Para o UBS, a operação vai diluir os atuais acionistas em R$ 0,40 por ação, ou 4,2%. Ou seja, eles receberão 4,2% de dividendos na distribuição anual e terão essa participação a menos na empresa. O banco diz que apesar de a empresa afirmar que usará o dinheiro para melhorar seu endividamento, a Cemig está negociando com o governo federal a manutenção das concessões das usinas de Miranda e Jaguara, que implicariam no pagamento de R$ 3 bilhões pela concessão ao Tesouro. A Cemig está também negociando participar do leilão de duas outras concessões em parceria com a Vale.

Estratégia negativa

O UBS vê essa estratégia como negativa e preferiria que a empresa se concentrasse em reduzir sua alavancagem, já que a Cemig tem R$ 4 bilhões vencendo este ano e mais R$ 3,9 bilhões no ano que vem e tem ainda de pagar uma participação vendida pela Light e que será exercida em novembro deste ano. O relatório é assinado pelos analistas Marcelo Sá e Fernando Zorzi.

Para o UBS, a Cemig está também sofrendo maior influência política do governo, depois que o acordo de acionistas foi renovado com a saída da AGC Energia, da Andrade Gutierrez. Com isso, a empresa tenderia a tomar mais decisões em desacordo com o mercado e mais pelo interesse do governo estadual. O banco tem recomendação de manter para o papel e preço-alvo de R$ 9,50. O papel cai 1,82%, para R$ 8,09, segunda maior queda do Índice Bovespa, que sobe 0,37%, para 74.717 pontos.

Já para a Magliano Corretora,  a operação, que prevê a emissão de 133 milhões de ações preferenciais ao preço de R$ 6,57 e 66,8 milhões de ações ordinárias a R$ 5,00 por ação, tende a ser ruim ao grande investidor, pois uma emissão de novas ações dilui o controle e a participação societária na empresa, ou obriga o investidor a fazer um novo aporte para exercer seu direito de subscrição e manter sua participação na companhia. O relatório é assinado por Pedro Galdi e Carlos Soares Rodrigues.

Desconto de 25%

Entretanto, observa a corretora, todos os acionistas da empresa receberão o direito de comprar ações da Cemig ao preço de R$ 6,57 (cerca de 25% abaixo do valor de mercado atual), caso não queiram exercer esse direito, podem vender o recibo de subscrição a mercado.

“Portanto, um aumento de capital como este pode ser uma ótima oportunidade para a Cemig conseguir financiar a compra de sua usina de Miranda sem aumentar sua dívida”, diz a Magliano. Ao mesmo tempo que confere ao investidor o direito de vender seus recibos de subscrição a mercado ou aproveitar para comprar mais ações da companhia com um desconto de 25% em relação ao preço atual.

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