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Habitação foi o maior vilão inflacionário em Outubro de 2017

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do mês de outubro ficou em 0,42%, 0,26 ponto percentual acima do resultado de setembro (0,16%). Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Alimentação e Bebidas (-0,05%) e Artigos de residência (-0,39%) apresentaram sinal negativo. Nos demais, destaca-se o grupo Habitação, com 1,33% de variação e 0,21 ponto percentual de impacto no índice do mês.

Pelo sexto mês consecutivo, o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,05%), porém bem menos intensa do que a registrada em setembro (-0,41%). Tal sequência de variações negativas ocorreu, também, no período de abril a setembro de 1997, com seis meses seguidos de queda nos alimentos. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do grupo é de -2,14%. No ano, tal variação está em -2,02% sendo que, dos dez meses já transcorridos, sete apresentaram variação negativa. O acumulado no ano é o menor registrado para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.

Os alimentos para consumo em casa passaram de -0,74% em setembro para -0,17% em outubro, com destaque para a batata-inglesa (que passou de -8,06% em setembro para 25,65% em outubro) e o tomate (de -11,01% em setembro para 4,88% em outubro). Por outro lado, vieram em queda: o feijão-mulatinho (-18,41%), o alho (-7,69%), o feijão-carioca (-3,29%), o açúcar cristal (-3,05%), o leite longa vida (-2,99%) e o arroz (-1,14%). As regiões pesquisadas apresentaram variação entre -1,08%, em Recife, e 0,61%, em Curitiba.

Já a alimentação fora apresentou alta de 0,16%, com as regiões pesquisadas indo de -1,46%, no Rio de Janeiro, até 2,55%, em Belém.

No grupo Artigos de residência, a queda de 0,39% foi impulsionada, principalmente, pelos eletrodomésticos (-1,10%).

Pelo lado das altas, o grupo Habitação, com variação de 1,33% e impacto de 0,21 ponto percentual, dominou o IPCA do mês, sendo responsável por metade dele. Isso por conta da energia elétrica, em média 3,28% mais cara. A partir de 1º de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, representando uma cobrança adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos. Em setembro, a bandeira tarifária vigente era a amarela, incidindo um adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos.

Nas regiões pesquisadas, o item variou de -2,27%, em Vitória, até 18,77%, em Goiânia. Nesta, além do reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas (a partir de 22 de outubro), houve aumento na alíquota do PIS/COFINS. Já em Vitória, a queda foi em função da redução da alíquota do imposto. Cabe também destacar os reajustes médios de 6,84% em Brasília (em vigor desde 22 de outubro) e de 22,59% em uma das empresas pesquisadas em São Paulo a partir de 23 de outubro.

Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão registrou variação de 4,49%, reflexo do reajuste médio, nas refinarias, de 12,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 11 de outubro.

Registre-se, também, a variação de 4,71% no gás encanado em Curitiba. Tal variação reflete o reajuste de 5,19% em vigor desde 1º de outubro.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).

Clique aqui e saiba mais detalhes sobre o IPCA de outubro de 2017.

Variação em Outubro de 2017 dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA.

Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA de Outubro de 2017.

Mês (%) Ano (%) 12 Meses (%)
Alimentação e Bebidas -0.05 -2.02 -2.14
Artigos de Residência -0.39 -1.07 -1.53
Comunicação 0.40 1.71 2.01
Despesas Pessoais 0.32 3.52 5.05
Educação 0.06 6.91 7.05
Habitação 1.33 5.35 5.03
Saúde e Cuidados Pessoais 0.52 5.74 6.86
Transportes 0.49 2.31 3.73
Vestuário 0.71 1.92 2.45
Total 0.42 2.21 2.70

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