De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas no comércio varejista brasileiro decaiu 0,6% nos últimos doze meses (período entre outubro de 2016 e setembro de 2017). Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses manteve a redução do ritmo de queda, iniciada em outubro de 2016 (-8,6%).
Outro dado obtido refere-se à pesquisa ampliada do comércio varejista, que inclui as vendas dos setores de veículos, motos, partes e peças e de material de construção. Essa pesquisa ampliada aponta um resultado negativo semelhante na comparação entre os volumes de venda aferidos no período entre outubro de 2016 e setembro de 2017 e nos doze meses anteriores: -0,1%.
Volume de Vendas | Acumulado 12 Meses (%) |
Volume de Vendas no Mercado Varejista | -0.6 |
Volume de Vendas no Mercado Varejista Ampliado | -0.1 |
Receita Nominal no Mercado Varejista | 2.2 |
Receita Nominal no Mercado Varejista Ampliado | 1.8 |
Com relação às receitas nominais geradas pelo setor entre os dois períodos de doze meses, houve um crescimento de 2,2%. Considerando, porém, o comércio varejista ampliado, a taxa comparativa dos últimos doze meses fechou setembro deste ano com um acréscimo de 1,8%.
Entenda a Pesquisa Mensal do Comércio
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor varejista brasileiro.
Iniciada em janeiro de 1995, a pesquisa cobre todo o território nacional e é divulgada mensalmente, após coleta de dados em mais de 5.700 empresas comerciais, selecionadas a partir do cadastro das empresas com vinte ou mais pessoas ocupadas (assalariadas e não assalariadas).
A PMC abrange dez grupos de atividades: combustíveis e lubrificantes; supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação; livros, jornais, revistas e papelaria; outros artigos de uso pessoal e doméstico; veículos e motocicletas, partes e peças; e materiais de construção. Os oito primeiros segmentos listados têm receitas geradas predominantemente na atividade varejista. Já os dois últimos (veículos e motos, partes e peças e materiais de construção), englobam varejo e atacado.
Para realização da pesquisa, o IBGE coleta dados sobre a receita bruta mensal das empresas, proveniente da revenda de mercadorias, não deduzidos os impostos incidentes e nem as vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais. Também não estão incluídas as receitas financeiras e não-operacionais. A partir da receita bruta de revenda investigada são construídos indicadores para duas variáveis: Receita Nominal de Vendas e Volume de Vendas.
Clique aqui para saber mais detalhes sobre a Pesquisa Mensal do Comércio realizada em Setembro de 2017.