O presidente Michel Temer recebeu por parte da companhia aérea Boeing no processo de acordo com a Embraer (BOV:EMBR3) três sinais, como: garantia da autonomia á parceria entre a Saab e Embraer na produção dos caças Gripen; transformação do Brasil em um novo polo de produção de componentes dos aviões Boeing distante dos EUA; e conserto, como planeja as autoridades brasileiras, do poder de veto do governo na empresa de São José dos Campos (SP).
O esclarecimento tem como objetivo de garantir o apoio do governo e reduzir a resistência que poderá surgir nos setores públicos, na opinião pública e no Judiciário.
O intuito da companhia americana é negociar, principalmente nos ministérios da Defesa e da Fazenda e no BNDES, para evitar que os acordos aumentem até o inicio da campanha eleitoral.
A ex-embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak, foi á Brasilia nesta quinta-feira (25), enquanto quatro representantes da Boeing faziam reuniões no BNDES, no Rio de Janeiro, para anunciar que serão protegidos os interesses do Brasil em temas como a transferência de tecnologia por parceria Saab-Embraer para produção dos caça Gripen no Brasil, alvo de questionamento dos parceiros suecos.
A conclusão é que a Boeing aceita a proteção do projeto Gripen, que continuaria autônomo mesmo com o acordo entre as duas companhias. Um dos argumentos para a autonomia do projeto gripe é que a Boeing e Saab tem parceria desde 2013, nos EUA, na construção do T-X – espécie de avião para treinos militares- e que o projeto não gerou críticas entre os grupos.
A companhia também apontou que aceita manter o poder de veto do governo do Brasil – por meio da Golden share – sobre o futuro dos negócios da companhia brasileira. O termo ainda não está esclarecido, por conta do negocio entre a Embraer e a Boeing está em fase inicial.
*Com informações do Broadcast