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Cenário de preços e juros no Brasil; alta nos mercados globais

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Mercados Globais

A semana começa com altas fortes nas bolsas ao redor do mundo, refletindo o forte fechamento de sexta-feira em Nova York, no qual o S&P500 fechou com alta de 1,74%, a 2.784 pontos. O impulso para esse otimismo vem da confirmação de que o crescimento global está forte, gerando otimismo em relação aos lucros corporativos.

Na semana passada a produção de petróleo dos EUA atingiu 10,37 milhões de barris por dia, acima da Arábia Saudita, mostrando que a demanda global está firme. Os preços do petróleo se mantêm em patamar elevado, apesar da pressão baixista vinda do aumento da oferta. O barril do tipo WTI está saindo a US$ 61,60, mesmo com todas as informações de alta na oferta.

O calendário da semana tem eventos sobre atividade econômica na China, na Europa e nos EUA, que devem confirmar o ritmo acelerado da economia global. O S&P500 está a 100 pontos de recuperar o patamar recorde, perdido após o anúncio da taxação do aço e do alumínio, três semanas atrás, veja o gráfico:

O mercado está a noventa pontos de seus máximos históricos e, tudo indica, vai busca-los em breve, com apenas mais 3% de alta.

Brasil

No Brasil, o pregão do mercado acionário volta a funcionar com abertura às 10 hs e fechamento às 17 hs, para se adequar aos horários de Nova York, que passam a operar das 10:30 hs às 17 hs. Durante a semana será divulgado o balanço da Petrobrás, que tem estimativas de R$ R$ 2,65 a R$ 4,2 bilhões, segundo a Broadcast.

A Fipe divulgou a inflação da primeira semana de março, e ela veio em -0,42%. A deflação na metrópole paulistana pode não ser representativa do que ocorre em todo o país, mas mostra alguns aspectos que confirmam a tendência dos últimos meses, tanto do IPCA com do IPC-S da FGV.

Os preços dos alimentos voltaram a cair forte, com deflação de 0,79%, o item habitação, que tem grande peso da energia elétrica, caiu 0,46% e todos os outros itens, exceto o transporte, também tiveram variação negativa. Esse índice reafirma o cenário de queda da inflação para 2018, surpreendendo os modelos preditivos do mercado, que vem reavaliando o IPCA esperado para 2018, veja o gráfico:

 

Essa forte queda da inflação esperada pelo mercado ocorreu em função dos números apresentados nas últimas semanas, que mostram que a o patamar baixo do IPCA de 2017, que fechou em 2,95%, deve ser mantido nesse ano.

Quando se esperava que os preços voltassem a subir com maior força, em função da recuperação da atividade econômica, a partir de janeiro ou fevereiro, o que se viu foi que a inflação desse período, que normalmente sobe em função de itens como educação, impostos, alimentos e transporte, foi muito mais baixa do que se esperava. O IPCA acumulado para janeiro e fevereiro foi o mais baixo desde o início do plano real. Veja o gráfico da inflação acumulada em doze meses:

 

Em função desse cenário para a inflação, as apostas estão subindo para um novo corte da taxa SELIC, na reunião a ser realizada na semana que vem, dias 20 e 21. A taxa cairá para 6,5%, podendo fechar o ano entre 6% e 6,25%.

Mais importante, vai ficando forte o sentimento de que os juros ficarão em um patamar muito baixo para os padrões brasileiros, em decorrência de um processo inflacionário mais bem comportado. As taxas de juros mais longas, para 2024, estão em 9,38, um patamar inédito. Elas começaram fevereiro em 9,85% e desde então caíram 0,45%, o que fez com que os títulos negociados para esse prazo tivessem valorização de 3%.

A tendência é que esses juros caiam mais ao longo do semestre, refletindo tanto a melhora de percepção em relação aos riscos inflacionários, como os do risco Brasil. A queda dos juros mais longos, afeta positivamente os preços dos ativos, em particular os preços das ações. Na semana que vem, se o Copom confirmar essa visão mais baixista para os juros, devemos assistir a mais uma queda dos juros mais longos.

 

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