A Rumo (BOV:RAIL3) passou de prejuízo para lucro no segundo trimestre, período marcado por altos e baixos operacionais, com a linha financeira garantindo a melhora do balanço.
A companhia, que tem o grupo Cosan como principal acionista, anunciou nesta segunda-feira lucro líquido de R$ 185 milhões de abril a junho, após ter tido prejuízo de R$ 38 milhões em igual período de 2018.
Já o resultado operacional da Rumo foi bem mais fraco, atingindo R$ 924 milhões, alta de 1,9% ano a ano, pelo critério do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês). A margem Ebitda caiu 1 ponto percentual, para 53,5%.
O volume transportado pela estrutura ferroviária foi de 14,4 bilhões de toneladas equivalentes (TKU), 7,1% maior. Por um lado, o movimento foi beneficiado pela antecipação da safra de milho. Por outro, o atraso nos embarques de soja causado pela queda no preço do produto no mercado internacional.
“Com patamares de preços mais baixos para a soja, o produtor brasileiro optou por não exportar, aguardando pela recuperação do preço. Segundo projeções, o Brasil deve exportar 14 milhões de toneladas a menos do que em 2018”, afirmou a Rumo no relatório. “Em contrapartida, o cenário para o milho é favorável, em função de uma safra recorde nacional, somada à expectativa de quebra da safra americana.”
O que fez diferença no fim das contas foi o resultado financeiro, negativo em R$ 259 milhões, montante 48,2% inferior ao de igual etapa de 2018. A empresa explicou que o custo de sua dívida bancária teve expressiva redução, refletindo pagamento menor de juros, além da redução da dívida bruta e do custo médio da dívida.