A BK Brasil, operadora das franquias Burger King e Popeye no Brasil, teve um prejuízo líquido atribuível aos sócios da companhia de R$ 162,4 milhões no primeiro trimestre de 2021, um valor cerca de três vezes maior do que o resultado negativo de R$ 55,6 milhões no ano passado, impactado pelo fechamento das lojas no trimestre.
A receita líquida caiu 13,3% na mesma base de comparação, a R$ 562,6 milhões. A empresa informou que, enquanto em 2020 as medidas restritivas começaram na segunda quinzena de março, neste ano foi impactada durante todo o período, sendo março o mês de maior intensidade.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi negativo em R$ 37,6 milhões, ante dado positivo de R$ 8,7 milhões dos primeiros meses de 2020. A margem Ebitda foi de valor positivo em 1,3% para dado negativo em 6,7%.
A companhia informou que optou ainda por não reconhecer os tributos diferidos sobre o prejuízo fiscal e a base negativa de CSLL no montante de R$ 58,5 milhões, até ter um cenário mais provável de realização dos créditos tributários.
Os resultados da BK Brasil (BOV:BKBR3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 06/05/2021. Confira o Press release na íntegra!
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse comentou os resultados relativos ao primeiro trimestre divulgados pelo Burger King Brasil, que classificou como fracos como o esperado pelo Credit e pelo mercado. O Burger King reportou queda de 13,3% nas vendas líquidas, prejudicadas por uma queda de 17,1% nas vendas em mesmas lojas na comparação anual. As vendas digitais subiram 121% na mesma comparação, a R$ 162 milhões, respondendo a 29% do total. O Ebitda foi R$ 32 milhões negativo, impactado pela Covid. Impostos e despesas financeiras mais altos levaram a prejuízo líquido de R$ 162 milhões, diz o banco.
O Credit mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12,00.