ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for pro Negocie como um profissional: Aproveite discussões em tempo real e ideias que movimentam o mercado para superar a concorrência.

Confira a agenda econômica da semana (10 a 14 de maio): Inflação, CPI, reformas…

LinkedIn

No Brasil, discussões sobre a reforma tributária devem seguir um dos principais destaques no cenário político econômico, assim como as negociações finais do orçamento deste ano entre Executivo e Congresso. Na seara de indicadores, a semana contará com a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de março, e do indicador de atividade do Banco Central do mesmo mês (IBC-Br), além da ata da reunião do Copom, e do IPCA de abril.

No cenário internacional, as discussões sobre patentes de vacinas contra a Covid-19 devem seguir no radar, assim como questões geopolíticas envolvendo países desenvolvidos e a China. Na seara de indicadores, a semana terá números de inflação na China (CPI e PPI), além de inflação ao consumidor (CPI) também nos EUA, vendas no varejo de abril, discursos de dirigentes do FED, e resultado da produção industrial na Zona do Euro referente a março.

Segunda-feira (10/05/2021)

Na segunda-feira, o boletim Focus pode mostrar se a decisão do Copom de subir os juros em 0,75 ponto e prometer nova alta igual em junho alterou as projeções do mercado. Ainda na segunda à noite, sai a inflação ao consumidor na China de abril.

🇧🇷  IPC-S semanal (08h00)
🇧🇷  Relatório Boletim Focus (08h25) ⭐️
🇧🇷  Balança comercial semanal (15h00)
🇨🇳  Índice de preços ao consumidor menal e anual (22h30)

Terça-feira (11/05/2021)

Na terça, a ata do Copom dará mais detalhes sobre a visão do BC para a economia, no mesmo dia em que o IBGE divulga a inflação do IPCA, que deve desacelerar para 0,30% no mês, mas acumular 6,7% em 12 meses.

🇧🇷  Índice IPC-Fipe (05h00)
🇩🇪  Índice ZEW – percepção econômica mensal (06h00) ⭐️
🇪🇺  Índice ZEW – percepção econômica mensal (06h00)
🇧🇷  Índice IGP-M mensal 1° prévia (08h00)
🇧🇷  BC – Ata Copom (08h00) ⭐️
🇧🇷  IPCA mensal e anual (09h00) ⭐️
🇺🇸  Oferta de emprego JOLTs mensal (11h00)
🇺🇸  Leilão primário de Treasuries de três anos (14h00)
🇺🇸  Variação de estoques de petróleo API semanal (17h30)

Quarta-feira (12/05/2021)

Quarta-feira saem os últimos dados de atividade de março, com o Volume de Serviços do IBGE. Na União Europeia, serão divulgadas as Projeções Econômicas e a Produção Industrial da Zona do Euro de março. Nos EUA, saem a Inflação ao Consumidor, o CPI, de abril, que deve mostrar aceleração, e o Resultado Fiscal do Tesouro.

🇩🇪  Índice e preços ao consumidor mensal e anual (03h00)
🇬🇧  Balança comercial mensal (03h00)
🇬🇧  Produção industrial mensal e anual (03h00)
🇬🇧  Variação do PIB trimestral (03h00) ⭐️
🇪🇺  BCE – Taxa básica de juros (05h00) ⭐️
🇪🇺  Produção industrial mensal e anual (06h00)
🇧🇷  Pesquisa de serviço anual (09h00)
🇺🇸  Índice de preço ao consumidor mensal e anual (09h30) ⭐️
🇺🇸  Variação de estoques de petróleo EIA semanal (11h30) ⭐️
🇺🇸  Leilão primário de Treasuries de dez anos (14h00) ⭐️
🇺🇸  Balanço orçamentário federal mensal (15h00)

Quinta-feira (13/05/2021)

Quinta-feira sai o Índice de Atividade do Banco Central que, assim como o dado de serviços, deve apontar desaceleração por conta das restrições à circulação. Nos EUA, sai o índice de preços ao produtor de abril.

🇩🇪  Feriado da Quinta-feira da Ascensão
🇧🇷  Índice de atividade IBC-Br BC mensal (09h00) ⭐️
🇺🇸  Pedidos de seguro-desemprego semanal (09h30) ⭐️
🇺🇸  Índice de preços ao produtor mensal e anual (09h30)
🇧🇷  Tesouro Nacional – Leilão de títulos (10h30)
🇺🇸  Leilão primário de Treasuries de 30 anos (14h00) ⭐️

Sexta-feira (14/05/2021)

Sexta-feira tem Vendas no Varejo e Produção Industrial e Uso da Capacidade dos EUA em abril.

🇺🇸  Vendas no varejo mensal e anual (09h30) ⭐️
🇺🇸  Variação no preço de bens importados e exportados (09h30)
🇺🇸  Produção industrial mensal e anual (10h15)
🇺🇸  Confiança do consumidor Michigan mensal (11h00)
🇺🇸  Contagem de Sondas Baker Hughes (15h00)

Resumo do que passou…

⭐️ – Confira tudo que aconteceu dia a dia no melhor resumo diário dos indicadores econômicos do Brasil e do mundo

Brasil

No Brasil, o principal destaque da semana foi a decisão de política monetária do Banco Central. O COPOM elevou a taxa Selic em 0,75 pp, para 3,50% a.a., conforme amplamente esperado. No comunicado pós-decisão, o Comitê reafirmou seu plano de fazer um ajuste parcial das condições monetárias, mas destacou que este plano depende da evolução do cenário econômico. O único compromisso é atingir a meta de inflação de 3,5% em 2022. Para a próxima reunião, o Copom antevê outro ajuste de mesma magnitude (0,75 pp) na taxa básica de juros.

A principal mudança nas expectativas ante a sondagem pré-Copom ocorreu em relação às reuniões de política monetária em junho – para a qual agora 96% dos participantes esperam outra elevação de 0,75 pp – e agosto, cuja chance de 0,75 pp subiu 11 pp. Não houve alteração relevante na expectativa para a taxa de juros terminal.

Indicadores Macroeconômicos

A semana contou com a divulgação da Pesquisa Mensal de Indústria (PMI) de março, que indicou contração de 2,4% na produção industrial brasileira em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal). A escassez de matérias-primas importantes, sobretudo no setor automotivo, e o aperto de medidas de mobilidade levaram ao resultado, com destaque negativo para bens duráveis. Ainda assim, a produção do setor secundário ficou perto da estabilidade no 1º trimestre, registrando leve queda de 0,4% ante o 4º trimestre de 2020 (após ajuste sazonal). Prevemos retomada do crescimento nos próximos meses, em linha com o processo de recomposição de estoques, a recuperação firme da demanda global e o afrouxamento das restrições de distanciamento social.

Já o resultado de varejo no mês surpreendeu positivamente, ao registrar queda de 5,3% entre fevereiro e março no conceito ampliado (com ajuste sazonal) – muito mais leve do que projetada tanto por nós quanto pelo consenso de mercado. O resultado foi puxado especialmente pelas vendas de supermercados (3,2% m/m; -3,4% a/a), único setor com expansão na leitura de março. Olhando adiante, acreditamos que as vendas reais no varejo permanecerão em trajetória de recuperação. Relaxamento adicional das restrições de mobilidade social, nova rodada de auxílio emergencial – embora em volume substancialmente inferior em comparação com as transferências de 2020 – antecipação do pagamento de benefícios do INSS (13º salário para aposentados e pensionistas) e recuperação da confiança do consumidor devem dar suporte ao consumo das famílias nos próximos meses.

Cenário Político Econômico

Destaque na semana para discussões no Congresso acerca de uma reforma tributária. Após o encerramento da comissão mista que tratava do tema, a Câmara, Senado e governo ainda discutem o melhor caminho para a tramitação da reforma – se faseada em partes distintas, ou não. O governo também negocia com o Congresso uma maneira de chegar a um entendimento que preserve o PLN 4, projeto enviado no mês passado que recompõe despesas obrigatórias para o Orçamento de 2021. Está em estudo a possibilidade de um novo projeto de lei fazendo um remanejamento entre despesas discricionárias para contemplar as demandas das áreas de infraestrutura e meio ambiente, o que poderia preservar os R$ 19,8 bilhões de gastos obrigatórios que o governo precisa recompor.

Ainda na seara político econômica, como já antecipado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que antecipa o pagamento do 13º salário a aposentados do INSS. A decisão injeta até julho R$ 52,7 bilhões na economia. Vale notar que a medida não tem impacto fiscal, dado tratar de uma realocação intertemporal nas despesas já orçadas para o ano. Já a Câmara aprovou projeto de lei que torna permanente o Pronampe, uma linha de crédito com condições especiais para micro e pequenas empresas. Neste ano, o governo pretende injetar R$ 5 bilhões no fundo garantidor por meio de emissão de crédito extraordinário.

Finalmente, a semana contou também com depoimentos iniciais na CPI da Pandemia, com a presença de ministros da Saúde do governo Bolsonaro. Por ora, as discussões tem tido repercussão limitada na economia e mercados, mais voltados às discussões assinaladas acima.

Mundo

Em semana agitada para as relações internacionais, a Comissão Europeia informou que os esforços para concluir o acordo de investimento da União Europeia com a China foram “suspensos” devido à deterioração das relações entre os países. Na mesma linha, em ocasião da reunião de ministros das relações exteriores dos países do G-7, os EUA propôs aos aliados um mecanismo para consultar estratégias de resposta a possíveis pressões ou desafios colocados pela China. Apesar das crescentes tensões, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, descartou uma Guerra Fria entre as maiores economias do mundo.

Outro destaque na semana foi a alta no preço das commodities, especialmente minerais, impulsionados pela forte recuperação global e pelo crescimento das exportações na China. Os preços do cobre atingiram níveis históricos. O minério de ferro subiu 22% nos últimos 30 dias.

Estados Unidos

Nos EUA, a semana começou com discussões sobre inflação, que tem ganhado força após os dados de Renda e Gastos Pessoais dos EUA, divulgados na semana passada. O deflator do PCE, o indicador de inflação preferido do Banco Central americano (Fed), atingiu o nível mais alto desde 2018, suscitando questionamentos se  os aumentos de impostos propostos por Biden de fato seriam suficientes para financiar todo o plano de estímulo. A Secretária do Tesouro, Janet Yellen, reforçou no fim de semana que os planos de despesas do presidente americano não devem gerar inflação.

Na seara de indicadores, a semana contou com dados iniciais de abril, que reforçaram o fortalecimento robusta da economia, mas ainda com preocupações sobre desequilíbrios causados pela pandemia. O ISM de manufatura caiu para 60,7 em abril, com registro de crescimento em todos os setores contido pela escassez de insumos, à medida que o aumento da vacinação contra o COVID-19 e o estímulo fiscal massivo desencadearam a demanda reprimida. Já o PMI de Serviços subiu para 64,7 em abril, atingindo nova máxima da série histórica, e levando o PMI Composto para 63,5 no mês. Porém, assim como a indústria, o setor de serviços sofre com  problemas de oferta de insumos, inclusive mão de obra.

Por outro lado, apesar do resultado positivo do relatório de emprego privado nos EUA (ADP), o resultado do desemprego em abril no país surpreendeu negativamente – ao registrar alta para 6,1% (de 6% em março) diante da criação de 266 mil empregos, perante expectativas de queda no desemprego para 5,8% no período (com criação de 1 milhão de vagas). O dado mais fraco reforça o posicionamento cauteloso do FED, tendo dirigentes da autoridade monetária reiterado repetidas vezes nas últimas semanas/meses que a economia norte-americana “ainda não está fora de perigo”, chamando atenção mais recentemente também para a desigualdade entre classes na retomada do mercado de mercado.

Finalmente, na seara política, o Departamento do Tesouro dos EUA recomendou ao Congresso agir rapidamente para aumentar o limite de endividamento federal, alertando que o governo poderia ficar sem recursos mais cedo que em anos anteriores.

Zona do Euro

Na Zona do Euro, os dados do início do segundo trimestre mostram que a recuperação da região já começa a se fortalecer após queda no primeiro trimestre, na esteira do avanço da vacinação, retorno gradual da confiança, e da normalização da atividade.

As vendas no varejo de março superaram as expectativas na Zona do Euro, com alta de 2,7% frente expectativa de 1,6%. Destaque positivo também para as encomendas à indústria e varejo na Alemanha, que avançaram acima do esperado no mês. Na mesma tendência, o PMI composto da região atingiu o maior patamar desde julho de 2020, em 53,8 pontos no mês. Já no Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve a política monetária inalterada, mas elevou suas projeções de crescimento do PIB do país para 7,25% (de 5%) nesse ano – ilustrando a recuperação robusta esperada no país após a célere e eficaz campanha de vacinação da população.

China

O superávit comercial da China foi mais de duas vezes maior do que o esperado em abril (276bi vs 129 bi Yuan), com exportações crescendo 32,3% em relação ao mesmo mes do ano passado, e importações com alta de 43,1% na mesma métrica. As exportações da China são um bom indicador antecedente para a produção industrial global. Outro indicador importante foi o Caixin PMI de serviços, que saltou para 54,3 em março para 56,3 em abril – o aumento mais rápido em cinco meses.

(Fonte XP e TC)

Deixe um comentário