Os produtores de frango integrados à BRF (BOV:BRFS3) localizada em Lucas do Rio Verde (MT) decidiram em assembleia paralisar os alojamentos de pintainhos para engorda e abates a partir da próxima segunda-feira, em meio a reivindicações por reajustes de preços devido ao aumento de custos, conforme associação local.
Com aumento nas despesas operacionais das granjas, como combustíveis e energia elétrica, os integrados solicitam elevação de 10% a 12% no preço pago pelo animal, disse à Reuters o diretor executivo da Associação de Produtores de Proteína Animal (Appa), Pablo Artifon, que também coordena a comissão municipal Cadec, responsável pelas negociações entre o setor produtivo e a companhia.
Segundo ele, os custos que estão pesando mais são os operacionais, já que ração é fornecida pela BRF.
Procurada, a BRF não respondeu de imediato a um pedido de comentários e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) não tinha informação sobre o assunto.
Lucro líquido de R$ 22 milhões no 1T21, revertendo prejuízo
A BRF, dona de Sadia e Perdigão, reportou ontem um lucro líquido de R$ 22 milhões no primeiro trimestre, mas os indicadores demonstraram os desafios de repassar o aumento de custos para o consumidor final. Nos três primeiros meses de 2020, a empresa divulgou prejuízo de R$ 38 milhões.
A disparada do preço dos grãos começou a afetar os resultados da BRF de modo mais notável, pressionando as margens da empresa.
Segundo a companhia, o trimestre ainda foi impactado por gastos associados ao combate dos efeitos da Covid-19, que foram de R$ 80 milhões. Excluindo-se esses impactos, haveria um lucro líquido de R$ 103 milhões.
Informações Reuters