Morgan Stanley elege a PRIO como a principal no setor de petróleo e gás brasileiro
29 Abril 2024 - 1:59PM
ADVFN News
Em relatório, o Morgan Stanley elegeu a PRIO como a principal
escolha do Morgan Stanley no setor de petróleo e gás brasileiro,
com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado,
equivalente à compra) mantida e preço-alvo reduzido de R$ 66 para
R$ 65.
O banco americano explica que, apesar do atraso no primeiro óleo
da Wahoo e excesso de produção recente, a ação ainda oferece um
robusto retorno de fluxo de caixa livre (FCF) e uma opção
diferenciada em novas fusões e aquisições (M&A) ou um dividendo
atrativo.
Analistas do JPMorgan lembram que a licença de perfuração da
Wahoo continua sendo um ponto de discussão, uma vez que o Ibama
está em greve desde o início de janeiro, o que impede a PRIO
(BOV:PRIO3) de começar o processo nos quatro poços de
desenvolvimento na Wahoo. “Com disponibilidade limitada de
embarcações de apoio para lançamento de dutos em toda a indústria
(necessárias para a conexão dos poços na estrutura de amarração), a
estimativa original de primeiro óleo para agosto agora parece
irrealista”, avaliam.
Segundo relatório, um atraso causado por fatores externos, como
uma greve prolongada do Ibama, está além do controle da empresa e
não deve ser visto como uma falha de execução. Mas inevitavelmente,
isso pode ter provocado revisões negativas de lucros de curto
prazo, já que o primeiro óleo é adiado para mais perto do final do
ano.
Com base no atraso, o Morgan agora espera o primeiro óleo em
dezembro, com dois poços, seguido por outros dois entre janeiro e
fevereiro de 2025. Embora o impacto na produção de 2024 da Wahoo
seja substancial (de cerca de 20 mil barris por dia para 2 mil
barris por dia), as cifras de 2025 são apenas ligeiramente afetadas
(de cerca de 40 mil barris por dia para 37 mil barris por dia).
Mais importante ainda, na avaliação do banco, o impacto no valor
líquido (NAV) de um atraso de seis meses é muito pequeno, cerca de
R$1,00 por ação, ou 2,0% do preço atual da ação.
Diante disso, o banco vê a PRIO gerando um retorno de fluxo de
caixa livre de 16% em 2024 e 27% em 2025, o que é atrativo, dado o
menor risco de execução de projetos em comparação com os pares.
Nos últimos três trimestres, a geração média de FCF foi de cerca
de US$ 250 milhões, uma cifra que o banco espera que suba para
cerca de US$ 550 milhões por trimestre, uma vez que a Wahoo atinja
plena capacidade em meados de 2025, o que dará à administração
flexibilidade para buscar aquisições ou pagar dividendos e recompra
de ações.
Com um preço do petróleo conservador de US$ 70 por barril,
segundo cálculos do Morgan Stanley, a PRIO teria um poder de fogo
de cerca de US$ 5,1 bilhões para aquisições e dividendos, assumindo
um teto de Dívida Líquida/Ebitda de 1,5 vez.
O JPMorgan, por sua vez, manteve recomendação equivalente à
compra para ação da PRIO e elevou preço-alvo de R$ 65 para R$ 70,
ao incorporar suas expectativas para os resultados do primeiro
trimestre de 2024 e incluir a participação total da Wahoo no modelo
da petrolífera.
Para os analistas, a PRIO apresenta uma perspectiva de
crescimento interessante com o lançamento da segunda fase de
recuperação do Frade, perfuração da Wahoo e o fechamento de
Albacora Leste. “A empresa incorporou efetivamente os campos de
Polvo, Tubarão Martelo e Frade, aplicando medidas de eficiência de
custos e uma estratégia focada na recuperação dos ativos”,
comentam. Nesse sentido, eles acreditam que a PRIO deverá repetir o
sucesso no desenvolvimento dos campos de Albacora Leste e
Wahoo.
Em termos de avaliação, o JPMorgan vê a ação da petrolífera
negociado a 4,1 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda em 2024.
Com relação aos riscos, o banco cita o risco operacional e
diversificação, pois a petroleira tem uma produção menor do que as
grandes empresas e menos campos nos quais essa produção se baseia.
“Dessa forma, qualquer contratempo com os ativos (em termos de
produção, riscos ambientais, entre outros) no portfólio poderia
representar riscos negativos para a avaliação”, explica.
Além disso, analistas citam que uma mudança no quadro fiscal
pode pesar no retorno da companhia, implicando em riscos negativos
para as estimativas do banco.
Por fim, o JPMorgan comenta que a PRIO obtém todas as suas
receitas com a venda de petróleo e gás, e, como tal, qualquer
variação nos preços do gás e do Brent poderia afetar os resultados
da empresa. A petrolifera também tem a maior parte de seu caixa e
dívida denominados em dólar, o que poderia trazer volatilidade aos
resultados da empresa, dependendo da posição financeira.
Informações Infomoney
PETRORIO ON (BOV:PRIO3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2024 até Mai 2024
PETRORIO ON (BOV:PRIO3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mai 2023 até Mai 2024