Senhores Acionistas,
Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras da FINANCEIRA ALFA S.A. - Crédito,
Financiamento e Investimentos correspondentes às atividades desenvolvidas no exercício de 2012, acrescidas das
notas explicativas e do Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações financeiras.
1. CENÁRIO ECONÔMICO
A economia nacional teve um modesto desempenho em 2012, com o crescimento de seu PIB (Produto Interno
Bruto) ficando em torno ou um pouco acima de 1%, este baixo resultado podendo ser em boa parte atribuído a
pouco investimento...
Senhores Acionistas,
Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras da FINANCEIRA ALFA S.A. - Crédito,
Financiamento e Investimentos correspondentes às atividades desenvolvidas no exercício de 2012, acrescidas das
notas explicativas e do Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações financeiras.
1. CENÁRIO ECONÔMICO
A economia nacional teve um modesto desempenho em 2012, com o crescimento de seu PIB (Produto Interno
Bruto) ficando em torno ou um pouco acima de 1%, este baixo resultado podendo ser em boa parte atribuído a
pouco investimento privado e publico no Brasil e a situação ainda ruim da economia internacional.
A inflação medida pelo IPCA fechou o ano em 5,84%, notando-se ainda um bom nível de consumo sustentado
pela preservação dos empregos, da massa salarial e dos mecanismos de crédito de longo prazo e com taxas pré-
fixadas.
Fatos importantes a serem citados foram a queda da taxa oficial de juros (SELIC) e da oscilação da taxa
cambial, com o Governo atuando inicialmente no sentido da desvalorização do Real (em beneficio das
exportações) e ao final do ano voltando a valorizar o Real (em beneficio do combate a inflação).
No contexto internacional, durante o ano de 2012, a volatilidade continuou predominante com impactos em
toda economia mundial.
A seguir, apresentamos, resumidamente, os principais fatos ocorridos nos principais mercados financeiros:
- Na zona do euro, embora o processo de desalavancagem em vários países venha impactando diretamente o
nível de atividade econômica da região (quadro que pode perdurar por vários anos), algumas notícias positivas
ajudaram a afastar o risco de ruptura do bloco no curto prazo. O consenso de que os custos de Itália e Espanha
não eram sustentáveis no longo prazo fez o Banco Central Europeu anunciar um programa de recompra de
bônus soberanos no mercado secundário. Um dos pontos mais importantes do programa é que não foram
estabelecidos limites de valores para as operações. Com as medidas anunciadas pudemos verificar melhora no
custo de financiamento dos países mais debilitados;
- Nos Estados Unidos, o Federal Reserve trouxe certa dose de euforia ao anunciar a terceira rodada de
afrouxamento monetário, o “Quantitative Easing” 3, diante da retomada econômica ainda lenta. O esforço
consiste na injeção de US$ 40 bilhões por mês na economia por meio de compras de títulos hipotecários a fim
de melhorar as condições de recuperação do país. A instituição também sinalizou que pretende manter a taxa
básica de juros próxima de zero até 2015, em vez de 2014, como informado outrora e anunciou a recompra de
US$ 45 bilhões mensais em “Treasuries” após o término da Operação Twist, no final de 2012. Ben Bernanke
recentemente ressaltou forte preocupação com o mercado de trabalho e apontou que não terá pressa em fazer
apertos monetários, mesmo quando a taxa de desemprego começar a cair mais rapidamente. A despeito do
ânimo que o Federal Reserve (Fed) deu para os ativos de risco, a questão fiscal americana, por outro lado,
trouxe muitas incertezas. Durante os últimos dois meses do ano, o foco dos mercados se voltou para o risco do
“fiscal Cliff” (cortes automáticos de gastos públicos e aumento de impostos que estavam programados para
começar no início de 2013 e que poderiam levar a nação a uma nova recessão e contaminar o crescimento
econômico global). Porém, confirmando as expectativas de grande parte dos analistas, após muitas negociações 2
políticas, o Congresso americano finalmente chegou a um consenso no início de 2013 e aprovou a lei que põe
fim, pelo menos no momento, à ameaça do abismo fiscal;
- Na Ásia, um dos eventos mais importantes que ocorreu durante o segundo semestre de 2012 foi o anúncio dos
sete novos dirigentes da cúpula do Partido Comunista, que deverão governar a China pelos próximos dez anos.
Este grupo terá a difícil tarefa de assegurar a continuidade do crescimento, sobretudo aumentando o consumo
interno da população, em detrimento do modelo de crescimento baseado no investimento. Em 2012, o PIB da
China cresceu 7,8%, acima da previsão dos analistas (7,7%) e também acima da projeção do próprio governo
(7,5%).
2. DESEMPENHO DAS ATIVIDADES
Resultado do Exercício
O lucro líquido da Companhia no exercício atingiu R$ 94,3 milhões, correspondendo à rentabilidade de14,84%
sobre o patrimônio líquido inicial de R$ 635,3 milhões. A cada lote de mil ações do capital social da Companhia
correspondeu o lucro líquido de R$ 892,21.
Os juros sobre o capital próprio alcançaram R$ 26,3 milhões no exercício, correspondendo aos valores brutos de R$
237,60 e R$ 264,30 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, conforme nota explicativa
09b. Os juros sobre o capital próprio referentes ao primeiro semestre totalizaram R$ 12,8 milhões, correspondendo
aos valores de R$ 113,93 e R$ 132,15 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais respectivamente e, para o
segundo semestre de 2012 foi aprovado o valor de R$ 13,4 milhões, correspondendo a R$ 123,67 e R$ 132,15 por
lote de mil ações ordinárias e preferenciais respectivamente.
Patrimônio Líquido
O patrimônio líquido atingiu R$ 703,8 milhões ao final do exercício. O valor patrimonial para cada lote de mil ações
alcançou R$ 6.654,69 com crescimento de 10,78% no exercício, índice superior à inflação de 5,84% medida pelo
IPCA no mesmo período.
O índice de solvabilidade instituído pelo Comitê da Basiléia e normatizado pelo Banco Central do Brasil atingiu
15,71% ao final do exercício, demonstrando a boa capacidade de solvência das instituições financeiras integrantes
do Conglomerado Alfa, quando comparado tanto com o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil
quanto com o de 8% recomendado pelo Comitê da Basiléia.
A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 26/04/2012, homologada pelo Banco Central do Brasil em
06/06/2012, aprovou o aumento de capital social para R$ 297,0 milhões, mediante incorporação de reserva de
lucros.
Recursos Captados
O volume de recursos captados pela Companhia atingiu R$ 4.880,6 milhões na data do balanço. Esses recursos
estavam representados por R$ 4.252,1 milhões em depósitos interfinanceiros, R$ 325,5 milhões em recursos de
aceites cambiais, R$ 103,4 milhões em repasses do BNDES e FINAME e R$ 199,6 milhões via cessão de crédito.
Ativos e Empréstimos
O ativo total alcançou R$ 6.091,0 milhões ao final do exercício. A carteira de títulos e valores mobiliários e
derivativos atingiu R$ 425,8 milhões na data do balanço. Conforme descrito na nota explicativa nº 04b das
demonstrações financeiras, a Companhia classificou 99,9% dos títulos e valores mobiliários na categoria “títulos
para negociação”.
A carteira de crédito atingiu R$ 3.935,0 (em 31/12/2012 o saldo de fianças prestadas é R$ zero). O volume de
créditos vencidos acima de 15 dias totalizou R$ 58,3 milhões, correspondente a 1,5% da carteira total.3
O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 81,2 milhões, representando 2,0% do total da
carteira de crédito, 186,8% acima do mínimo exigido pela Resolução CMN nº 2682 de 21 de dezembro de 1999.
3. OUVIDORIA
O componente organizacional de ouvidoria encontra-se em funcionamento e a sua estrutura atende às disposições
estabelecidas por meio da Resolução CMN nº 3.849, de 25 de março de 2010.
4. DIVULGAÇÃO SOBRE SERVIÇOS DA AUDITORIA INDEPENDENTE
Em atendimento à Instrução CVM nº 381, de 14.01.2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das
demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. – Crédito, Financiamento e Investimentos, ou pessoas a ela
ligadas, não prestou no período outros serviços que não sejam de auditoria externa.
A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com os critérios
internacionalmente aceitos, quais sejam, o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho nem exercer funções
gerenciais no seu cliente ou promover o interesse deste.
5. DECLARAÇÃO DOS DIRETORES
Conforme Instrução CVM nº 480/2009, a Diretoria declara que em reunião realizada em 18 de fevereiro de 2013,
revisou, discutiu e concordou com as opiniões expressas no Relatório dos Auditores Independentes e com as
Demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012.
AGRADECIMENTOS
É indispensável traduzir o reconhecimento da Financeira Alfa S.A. – Crédito, Financiamento e Investimentos ao
trabalho de seus funcionários e ao apoio de seus acionistas e, finalmente, a confiança de seus clientes e das
instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram.
São Paulo, 18 de fevereiro de 2013.
DIRETORIA
Rubens Bution
Diretor Presidente
DIRETORES
Adilson Herrero Antonio José Ambrozano Neto
Fábio Alberto Amorosino Rubem Clóvis Rocha Cecchini
Este Relatório da Administração realizado pela diretoria foi examinado e aprovado em reunião do Conselho de
Administração de 18 de fevereiro de 2013 para encaminhamento à Assembléia Geral.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro
Presidente
CONSELHEIROS
Humberto Mourão de Carvalho Luiz Alves Paes de Barros
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