23/12/2010 - 10h44
Após ótimo 2010, ações de varejistas ainda têm espaço para ganhos em 2011?
SÃO PAULO – As projeções feitas ao final de 2009 de fato se concretizaram: o setor de consumo e varejo, em sua grande maioria, teve um desempenho estupendo em 2010. Com fortes resultados e guidances cada vez mais agressivos, as ações de muitas dessas empresas relataram expressivos ganhos em 2010, com alguma delas chegando aos três dígitos de valorização, em um ano em que o Ibovespa caminha para fechar praticamente zerado - até esta quarta-feira (22), o índice acumula queda de 0,17...
23/12/2010 - 10h44
Após ótimo 2010, ações de varejistas ainda têm espaço para ganhos em 2011?
SÃO PAULO – As projeções feitas ao final de 2009 de fato se concretizaram: o setor de consumo e varejo, em sua grande maioria, teve um desempenho estupendo em 2010. Com fortes resultados e guidances cada vez mais agressivos, as ações de muitas dessas empresas relataram expressivos ganhos em 2010, com alguma delas chegando aos três dígitos de valorização, em um ano em que o Ibovespa caminha para fechar praticamente zerado - até esta quarta-feira (22), o índice acumula queda de 0,17%.
Além disso, os analistas acreditam que o cenário econômico favorável de 2010 deverá se manter em 2011, sustentando o otimismo de grande parte do mercado. “As empresas do setor varejista brasileiro devem ser beneficiadas pelos drivers macroeconômicos favoráveis, sobretudo a expansão nos níveis de emprego e o aumento da renda”, afirmam Marianna Waltz e Mário Bernardes Junior, do BB Investimentos.
Gustavo Piras Oliveira, do UBS, também compartilha do mesmo viés otimista, destacando ainda o crescimento da renda da população. “O cenário macroeconômico no Brasil ainda é favorável ao consumo interno, que deve ser suportado pela forte criação de empregos e pelo crescimento nos salários reais em 2011”, argumenta o analista em relatório divulgado na última semana.
Para 2011, investidores deverão ficar
atentos aos dados de vendas do varejo,
mercado de trabalho, volume de crédito,
confiança do consumidor e de inflação.
Nem todos pensam assim
Embora haja uma predominância de fatores positivos, é preciso lembrar que 2011 deverá marcar a retomada do ciclo de aperto monetário no País, evento que afeta diretamente os níveis de consumo do País, podendo pressionar o desempenho das varejistas. Atualmente em 10,75% ao ano, a taxa de juro brasileira deverá encerrar o próximo ano na faixa dos 12,25% ao ano, como mostra a revisão mais recente do relatório Focus.
Aliado a isso, há o fato de que essas empresas já acumularam fortes ganhos nos últimos anos, o que pode diminuir a atratividade de seus papéis em 2011. “Nos parece que esses setores estão relativamente caros, mesmo com perspectivas otimistas para a economia e lucros. Eles foram a bola da vez em 2009 e 2010”, afirma Mario Felisberto, diretor de investimentos do HSBC Global Asset Management. Ele prevê ainda que em 2011 poderá ser vista uma moderada realização nessas empresas.
Os analistas da Fator Corretora, Renato Prado e Ronaldo Kasinsky, vão em linha com esse raciocínio. Apesar de enxergarem um cenário bem favorável para o setor de consumo e varejo em 2011, eles recomendam a compra de apenas quatro das 13 ações presentes em seu universo de cobertura: Lojas Americanas (LAME4), Pão de Açúcar (PCAR5), AmBev (AMBV4) e Alpargatas (ALPA4).
Para facilitar a leitura, a matéria será dividida por tópicos:
Têxteis: ótimo 2010 limita otimismo para 2011
Otimismo com Lojas Americanas, neutralidade com B2W
AmBev, Souza Cruz, Natura e Pão de Açúcar
Calçados: compre Alpargatas, venda Grendene
Fim das compras da Hypermarcas? IPO da Magazine Luiza? É esperar pra ver!
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Têxteis: ótimo 2010 limita otimismo para 2011
A dupla de analistas da Fator argumenta que o ótimo desempenho visto neste ano para as ações de empresas têxteis, tais como Cia Hering (HGTX3, +176,93%), Marisa (AMAR3, +143,19%) e Lojas Renner (LREN3, +47,57%), limitam novas recomendações positivas. "As ações das empresas de varejo têxtil já estão precificadas", explicam Prado e Kasinsky, que recomendam manutenção dos ativos. "Enxergamos mais riscos que oportunidades associadas às suas atividades, pois as margens estão no pico histórico", complementam.
Além disso, não se pode desprezar o efeito que os altos índices de inflação podem ter nessas empresas. Um aumento significativo nos preços pode reduzir sensivelmente a parcela de gastos com vestuário e bens secundários, principalmente para os indivíduos com menor poder aquisitivo, onde empresas como Lojas Renner e Marisa possuem forte participação, comenta o analista Carlos Nunes, do HSBC.
Na mesma linha de raciocínio, os analistas Carlos Albano e Marcio Kawassaki, do Citigroup, reiteraram recentemente a recomendação de manter para as ações da Lojas Renner, argumentando que, embora o longo prazo desenhado para a empresa ainda mostre-se bastante agradável, eles enxergam um potencial de valorização limitado em relação aos preços atuais. Para eles, a companhia só alcançará o preço-alvo estimado (R$ 71) se tiver um exercício "perfeito" em 2011.
"Elevamos o preço-alvo mas ainda vemos um potencial de valorização limitado para os papéis, com alguns riscos em 2011", complementam Albano e Kawassaki. Para atingir a perfeição citada pelo Citigroup, a Lojas Renner teria que inaugurar as 30 lojas previstas para o ano que vem, além de também reportar evolução nas margens, objetivos "improváveis de acontecerem", segundo os analistas.
Mas há quem acredita em mais um ano positivo
Contudo, ainda há espaço para otimismo. Oliveira, do UBS, manteve os papéis LREN3 como sua top pick do setor de consumo e varejo, destacando os ótimos resultados apresentados ao longo do ano, o que ajuda a sustentar seu horizonte para 2011. "Olhando para 2011, o plano de expansão de vendas e a estável lucratividade deverão guiar o desempenho da ação", disse o analista, ainda destacando a recente queda do papel como "um ponto de entrada muito atrativo".
No mesmo sentido, os analistas Rafael Cintra e Bruno Amaral, da Link Investimentos, acreditam em um ótimo desempenho das vendedoras do setor de vestuário. "Todas elas possuem planos agressivos de expansão de suas redes de lojas e contam com uma sólida posição financeira para realizar esses investimentos", afirmam os analistas, que atribuíram a recomendação "outperform" (performance acima da média do mercado) para Lojas Renner e Hering e "market perform" (desempenho em linha com o mercado) para Marisa, "em função do limitado upside e da baixa liquidez de suas ações".
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Otimismo com Lojas Americanas, neutralidade com B2W
Já para a Lojas Americanas, o otimismo é unânime por parte dos analistas. Fator Corretora, Link Investimentos e BB Investimentos recomendam a compra de LAME4, projetando ao final de 2011 um preço-alvo de R$ 23,69 , R$ 21,80 e R$ 21, respectivamente (upsides de 56,5%, 44% e 38,7%, em relação à cotação de fechamento desta quarta-feira).
"A companhia apresenta um agressivo plano de expansão para os próximos anos", afirmam Prado e Kasinsky, da Fator, sobre o plano da Lojas Americanas de atingir quase 900 lojas ao final de 2013, um aumento de 119% no total visto ao final de 2009. Embora animados, a dupla de analistas prevê um total de 780 lojas ao final desses três anos.
Já os dois analistas da Link acreditam que empresas como a Lojas Americanas, que não possui tanta dependência por crédito - tendo em vista que em 2011 o volume será menos abundante do que foi visto em 2010 -, que tem boa penetração em diversas classes sociais e atuação em grande parte do território nacional serão as beneficiadas em 2011. Enxergando a Lojas Americanas em todos esses aspectos, Cintra e Amaral não só atribuíram às ações a classificação "outperform" como também elegaram-as top pick do setor.
A dupla do BB Investimentos, por sua vez, chama atenção para outros fatores considerados como pontos-chave para a recomendação de compra, tais como o crescimento de vendas mesmas lojas maior que de seus concorrentes e o gerenciamento de capital de giro, "com o ciclo de caixa se reduzindo de 24 dias em 2007 para apenas quatro dias em 2009".
B2W: contribuição positiva, recomendação neutra
Além disso, Marianna e Junior destacam a importância para a B2W (BTOW3), que ajuda a manter a Lojas Americanas na liderança do e-commerce brasileiro. No entanto, vale mencionar que este ativo registra o terceiro pior desempenho do Ibovespa em 2010 (-34,01%), refletindo o maciço aumento da concorrência no comércio pela internet. A recomendação de BB e Fator para BTOW3 é de manutenção.
Cintra e Amaral também não esperam que 2011 marque uma recuperação para o braço de e-commerce da Lojas Americanas. "O aumento da concorrência no comércio eletrônico e a dificuldade de manutenção das margens nos levam a atribuir o rating 'market perform' para BTOW3", afirma a dupla de analistas da Link.
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AmBev, Souza Cruz, Natura e Pão de Açúcar
AmBev (desempenho em 2010: +49,66%)
Líder absoluta no mercado brasileiro de bebidas e com forte exposição ao mercado doméstico, a AmBev (AMBV4) possui um perfil bastante defensivo em relação a um cenário de alta inflação. Nunes, do HSBC, explica, que em situações como o aumento no preço do açúcar ou do alumínio utilizado para embalagens, a empresa consegue adotar estratégas internas que conseguem minimizar o efeito negativo do repasse de custos ao consumidor.
Mesmo assim, as opiniões dos analistas para 2011 mostram divergência. Para a dupla da Fator, o segmento de cerveja possui as maiores vantagens competitivas do setor, tendo em vista o potencial de aumento significativo para os próximos anos. Com isso, a AmBev, que possui 71% de market share no País, também tem grandes chances de tirar proveito dessa tendência, recomendando a compra de AMBV4.
Por outro lado, a dupla da Link acredita que, embora a pressão por custos deva se mostrar menor em 2011, "uma vez que a oferta de latas no mercado brasileiro deverá crescer", e a AmBev consiga aumentar ainda mais sua participação no mercado brasileiro, o desempenho das ações da empresa deverá ficar em linha com o do Ibovespa. "Dessa forma, nosso rating é 'market perform' para AMBV4".
Recentemente, a companhia anunciou o desdobramento de suas ações na razão de um para cinco. Assim, a ação da empresa, cuja cotação girava em torno de R$ 240, é negociada atualmente bem próxima de R$ 50. Dessa forma, a AmBev objetiva promover um aumento na liquidez de seus papéis no mercado brasileiro.
Souza Cruz (desempenho em 2010: +64,76%)
Com um forte desempenho em 2010, os analistas não mostram-se muito otimistas daqui pra frente com as ações da Souza Cruz (CRUZ3). Embora a demanda praticamente inelástica confira à empresa uma característica defensiva e com o potencial de melhora no mix de venda de cigarros, os analistas da Fator recomendam manutenção dos papéis da empresa. O preço-alvo de R$ 88,15 indica um downside de 1,87% frente ao fechamento desta quarta-feira.
Com um tom mais pessimista, a dupla de analistas da Link enxerga uma potencial queda no consumo de cigarro no País. Além disso, o dólar desvalorizado deverá pressionar as exportações de fumo da Souza Cruz. Por conta disso, Cintra e Amaral atribuem a recomendação underperform (performance abaixo da média do mercado). O preço-alvo esperado ao final de 2011, de R$ 79,80, encontra-se 11,2% acima da cotação mais recente.
Natura (desempenho em 2010: +37,34%)
Também com um perfil bastante defensivo e sem concorrentes diretos na bolsa brasileira, a Natura (NATU3) possui a seu favor o forte ritmo de crescimento da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do País, com um CAGR (taxa composta de crescimento anual) de 10 anos em 14,2%. Para a Fator, essa taxa deverá se manter por conta da maior participação da mulher no mercado de trabalho, bem como pelo próprio aumento da renda da população e pela diversidade de novos produtos oferecidos.
Contudo, o principal ponto que a empresa precisa se atentar para os próximos anos deve-se à concorrência de produtos importados, que deverá aumentar nos próximos anos, tendo em vista a perspectiva de que o dólar permaneça desvalorizado perante a moeda nacional, fato que, embora reduza o preço de alguns insumos, torna o produto internacional mais atraente.
"Além de enfrentar os produtos importados, o mercado doméstico sofrerá pressão com maior número de empresas internacionais, que têm direcionado parcela significativa de seus investimentos para os mercados emergentes, em busca de maior potencial de crescimento", complementam Kasinsky e Prado. Embora considerem a Natura bem posicionada para enfrentar a concorrência exterior, a dupla da Fator deu aos papéis recomendação de manutenção.
Já Cintra e Amaral, da Link Investimentos, também esperam que o segmento continue crescendo a taxa de dois dígitos por ano. No entanto, por conta do limitado upside visto no preço-alvo esperado ao final de 2011 (target de R$ 50,90, potencial de valorização de 6,3%), eles atribuíram aos ativos NATU3 a recomendação "underperform".
Pão de Açúcar (desempenho em 2010: +5,68%)
Frequentemente vista como a ação mais recomendada pelas corretoras para o setor, o Pão de Açúcar (PCAR5) deverá chamar atenção em 2011 por conta de como seguirá o processo de integração entre Ponto Frio e Casas Bahia. Segundo a Fator, o foco deverá ficar principalmente na evolução no nível de despesas operacionais.
Otimistas com a empresa, os analistas da corretora recomendam a compra dos papéis, "em função da expectativa de crescimento de vendas mesmas lojas e evolução de margem bruta".
Um pouco mais apreensiva, a Link ressalta os riscos envolvendo a integração entre as duas empresas, além da forte exposição do Pão de Açúcar ao mercado de alimentos, "que deve ter um menor volume de vendas em função da alta nos preços". Com isso, os analistas da corretora deram a recomendação "market perform" aos ativos PCAR5.
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Calçados: compre Alpargatas, venda Grendene
A dupla da Fator Corretora acredita que as fabricantes de calçados devam se beneficiar com o crescimento econômico do País, mas que o real fortemente valorizado continuará pressionando suas participações no cenário internacional. "Em 2011, a valorização cambial tende a diminuir a competitividade das exportações e aumentar a concorrência de produtos asiáticos", ressaltam Kasinsky e Prado, que enxergam a competição com os estrangeiros o principal desafio de Alpargatas (ALPA4) e Grendene (GRND3).
Diante desse cenário, a recomendação da Fator para cada empresa é bem distinta: para as ações da Alpargatas, a sugestão é de compra, com o preço-alvo de R$ 15,56 indicando um upside de 51,1%. Já para os papéis da Grendene, a recomendação é de venda, com o target de 2011, de R$ 9,01, estando 0,4% abaixo da cotação atual.
"Acreditamos que a Alpargatas é a melhor opção de investimento no setor por se tratar de uma empresa com modelo de negócios diversificado (sandálias, material esportivo e varejo) e capacidade de construção e gestão de marcas globais (Havaianas e Topper)", explicam Kasinsky e Prado.
A dupla ainda destaca algumas estratégias adotadas pela empresa, como o lançamento da Havaianas Dupé, alusivas à Copa do Mundo, que ajudou a impulsionar as vendas das sandálias. No acumulado de janeiro a setembro, o volume de vendas foi 18,1% maior no mercado doméstico e 9,1% nas exportações, ambos em comparação com o mesmo período do ano passado. Por conta disso, o mercado de sandálias representou 54% da receita líquida do período, dizem os analistas da Fator.
Por outro lado, a Grendene, que atua somente no mercado de calçados, com foco no segmento de sandálias, não foi bem sucedida ao tentar recuperar preços e margens sem perder o volume em 2010, comentam Kasinsky e Prado. Ademais, o modelo de divulgação adotado, que utiliza ícones infantis (Walt Disney e a apresentadora da televisão Xuxa) e celebridades (a modelo Gisele Bündchen) encarece os produtos e aumenta a dependência por lançamentos de novidades, complementam.
Vale mencionar que em 2010 as ações da Alpargatas tiveram um ótimo desempenho, acumulando ganhos de 83,9% até esta quarta-feira, enquanto os papéis da Grendene somavam perda de 2,21%.
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Que novidades deveremos ter em 2011?
Hypermarcas: fim das compras?
2011 também deverá ter espaço para algumas novidades no setor. A primeira delas foi o anúncio feito pelo presidente da Hypermarcas (HYPE3), Cláudio Bergamo, que, durante teleconferência realizada nesta semana para falar sobre a aquisição da Mantecorp, afirmou que a empresa não irá realizar novas aquisições em 2011, ano que ele definiu como um "período de digestão" para a grande compradora do mercado brasileiro.
De fato, um ano não chega a ser um período longo para essa digestão, tendo em vista o banquete que a empresa atacou em 2010. De janeiro pra cá, a Hypermarcas concluiu a compra da Jontex, celebrou a aquisição da fabricante de fraldas Sapeka, da Luper Indústria Farmacêutica, da fabricante de produtos descartáveis Mabesa, de 99% das ações da York Indústria e Comércio, Colgate-Palmollive, Pom Pom e Bitufo - essas três últimas realizadas no mesmo dia.
Após a última aquisição realizada pela empresa, a Fator Corretora elevou de manutenção para compra a recomendação da ação. O preço-alvo esperado para o fim de 2011 também foi revisado para cima, indo de R$ 27,50 para R$ 31 - upside de 37,8% frente à última cotação de fechamento. Para os analistas Iago Whately e Caio Walter, a compra da Mantecorp vai gerar resultados já no segundo trimestre do ano que vem, indo em linha com o cenário projetado pela Hypermarcas.
Magazine Luiza na Bovespa?
Outra novidade no setor de consumo e varejo que pode mexer com os investidores em 2011 é a possível estreia de uma grande empresa do mercado brasileiro na Bovespa: a Magazine Luiza. O IPO (Oferta Pública de Ações, na sigla em inglês) deverá ocorrer ainda na primeira metade de 2011. "Estamos cada vez mais perto. É mais provável que ocorra em 2011 do que em 2012", disse recentemente Marcelo Silva, superintendente da companhia.
Segundo Silva, a empresa está pronta para abrir seu capital já nos primeiros seis meses do novo ano. "Queremos a partir de então só esperar as decisões dos acionistas", afirmou o superintendente. Com mais de 50 anos de história, a empresa presidida por Luiza Helena Trajano espera fechar o exercício de 2010 com um faturamento de R$ 5,3 bilhões, com o crescimento de vendas mesmas lojas podendo chegar a 30% frente 2009.
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