Ibovespa cai mais de 2% e perde os 92 mil pontos após fracasso em acordo comercialCenário externo volta a pesar no mercado por causa das tensões da guerra comercial; economistas cortaram novamente a projeção para o PIB brasileiroSÃO PAULO - O Ibovespa opera em queda nesta segunda-feira (13) seguindo o exterior, com as bolsas internacionais pressionadas pelas notícias de que a nova rodada de negociações entre China e Estados Unidos para um acordo comercial fracassou. No Twitter, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a apresentar uma retórica de confronto, ao mesmo tempo e...
Ibovespa cai mais de 2% e perde os 92 mil pontos após fracasso em acordo comercialCenário externo volta a pesar no mercado por causa das tensões da guerra comercial; economistas cortaram novamente a projeção para o PIB brasileiroSÃO PAULO - O Ibovespa opera em queda nesta segunda-feira (13) seguindo o exterior, com as bolsas internacionais pressionadas pelas notícias de que a nova rodada de negociações entre China e Estados Unidos para um acordo comercial fracassou. No Twitter, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a apresentar uma retórica de confronto, ao mesmo tempo em que a China já anunciou que irá retaliar com a elevação de tarifas sobre produtos americanos.Às 14h08 (horário de Brasília) o principal índice da B3 tinha baixa de 2,4% a 92.005 pontos, tendo batido 91.761 pontos na mínima. Enquanto isso, o dólar comercial tem alta de 0,99% a R$ 3,9816 na compra e a R$ 3,9834 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em junho sobe 0,88% a R$ 3,993, tendo batido R$ 4,006 na máxima. O mercado de juros futuros responde com alta às tensões. O DI para janeiro de 2021 sobe três pontos-base a 6,92%, enquanto o DI para janeiro de 2023 avança cinco pontos-base a 8,06%. Pelo Twitter, Trump escreveu que algumas pessoas simplesmente não entendem que o crescimento inesperado de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre aconteceu em grande parte por conta das tarifas contra a China.Além disso, o Trump avisou ao presidente chinês, Xi Jinping, que caso o acordo não saia a China sairá muito prejudicada, pois "empresas serão forçadas a deixar o país". "Ficará caro demais comprar da China. Vocês tinham um grande acordo e quase completo, mas deram para trás", postou. Segundo o assessor da Casa Branca, Larry Kudlow, Pequim convidou Washington a seguir com as negociações e informou que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, devem conversar diretamente durante reunião do G-20, no Japão, no fim do próximo mês.O Ministério das Finanças da China anunciou em comunicado nesta segunda-feira que imporá tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos a partir de 1º de junho. O governo de Pequim afirma que a tarifa americana sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, que entrou em vigor na última sexta-feira, representa uma "escalada nas fricções econômicas e comerciais" entre os países, "contrária ao consenso entre a China e os Estados Unidos de resolver as diferenças comerciais por meio de consultas", por isso a reação.O comunicado oficial chinês diz que as novas tarifas do país abrangerão cerca de US$ 60 bilhões em produtos americanos, com tarifas de até 25%. Sobre 2.493 produtos, haverá tarifa de 25%; sobre 1.078, a tarifa será de 20%; sobre outros 974 itens, de 10%; e sobre 595 itens, de 5%. São, portanto, afetados mais de 5 mil produtos americanos nesse anúncio chinês.
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