Já em 1898 o inspector-chefe de fábricas no Reino Unido relatava ao parlamento no seu relatório anual os efeitos malignos do pó de asbesto. Nele afirmava que a natureza aguçada como vidro das partículas quando presentes no ar em qualquer quantidade é nociva, como se deveria esperar. Em 1906 uma comissão do parlamento britânico confirmou os primeiros casos de morte causada por asbesto e recomendou que fosse melhorada a ventilação nos locais de trabalho, entre outras medidas. Em 1918 uma companhia de seguros dos Estados Unidos efectuou um estudo que demonstrava a ocorrência de mortes...
Já em 1898 o inspector-chefe de fábricas no Reino Unido relatava ao parlamento no seu relatório anual os efeitos malignos do pó de asbesto. Nele afirmava que a natureza aguçada como vidro das partículas quando presentes no ar em qualquer quantidade é nociva, como se deveria esperar. Em 1906 uma comissão do parlamento britânico confirmou os primeiros casos de morte causada por asbesto e recomendou que fosse melhorada a ventilação nos locais de trabalho, entre outras medidas. Em 1918 uma companhia de seguros dos Estados Unidos efectuou um estudo que demonstrava a ocorrência de mortes prematuras na indústria do asbesto e em 1926 a comissão de acidentes industriais de Massachusetts concedeu pela primeira vez a um trabalhador doente da indústria o direito à primeira compensação por doença causada por asbesto. Muitos dos afectados pela exposição ao asbesto nos Estados Unidos trabalhavam na construção naval durante a Segunda Guerra Mundial.
Os problemas com o asbesto surgem quando as fibras se dispersam no ar e são inaladas. Devido ao tamanho das fibras, os pulmões não conseguem expeli-las [Casarrett & Doull's Toxicology (2001), pp 520-522].
Entre as doenças causadas pelo asbesto incluem-se
Detalhe de um pulmão com asbestoseAsbestose - Inicialmente diagnosticada entre trabalhadores da indústria naval dos Estados Unidos, a asbestose consiste de lesões do tecido pulmonar causadas por um ácido produzido pelo organismo na tentaiva de dissolver as fibras. As lesões podem tornar-se extensas ao ponto de não permitirem o funcionamento dos pulmões. O tempo de latência (período que a doença leva a manifestar-se) é geralmente 10 a 20 anos.
Mesotelioma - Um cancro do revestimento mesotelial (pleura) do pulmão. A única causa conhecida é a exposição ao asbesto. O período de latência do mesotelioma pode ser de 20 a 50 anos. A maior parte dos doentes morre em menos de 12 meses após o diagnóstico.
Cancro - Cancros do pulmão, do tracto gastrointestinal do rim e laringe foram associados ao asbesto. O período de latência é muitas vezes 15 a 30 anos.
verrugas de asbesto - produzidas quando fibras aguçadas se alojam na pele sendo recobertas por esta causando crescimentos benignos semelhantes a calos.
placas pleurais - espessamento de parte da pleura visível por meio de radiografias em indivíduos expostos ao asbesto.
espessamento pleural difuso - semelhante à anterior. Geralmente assimptomática, pode causar perda de capacidade respiratória se a sua extensão for grande.
[editar] Riscos da exposição ao asbesto
Quase todas as pessoas são expostas ao asbesto nalgum momento das suas vidas. No entanto, a maioria das pessoas não adoece em consequência dessa exposição. As pessoas que adoecem devido à exposição ao asbesto são geralmente aquelas expostas de forma regular, a maior parte das vezes no seu posto de trabalho em que contactam directamente com o material ou através de contacto ambiental substancial.
[editar] Proibição
Devido a asbestose, algumas localidades no Brasil e no mundo já baniram o amianto. A sua comercialização e, em alguns casos, a produção já foi proibida permanentemente.
Brasil
21 municípios somente em São Paulo. O último foi Ribeirão Preto
A União Europeia proíbe toda e qualquer utilização do amianto no seu território desde 1 de Janeiro de 2005, estando a sua extracção igualmente proibida[2]. Os trabalhadores que tenham que lidar com o amianto nas suas actividades de remoção do mesmo estão sujeitos a especiais condições de trabalho.[3]
Resto do mundo outros países como a Suíça e o Chile proibem igualmente o uso do amianto.
Mostrar mais