PIB dos EUA anima os mercados
O crescimento acima do esperado da economia norte-americana foi suficiente para fazer o mercado deixar de lado os problemas com o acidente nuclear na usina de Fukushima no Japão, guerra na Líbia e crise da dívida portuguesa na Europa. Segundo o Departamento de Comércio, o crescimento da economia norte-americana no quarto trimestre de 2010 foi revisado para a taxa anualizada de 3,1% superando as estimativas dos analistas que girava em torno de 2,8%. No fechamento do ano o PIB (Produto Interno Bruto) ficou em 2,9%, a expansão anual é a maior desde 2005, quan...
PIB dos EUA anima os mercados
O crescimento acima do esperado da economia norte-americana foi suficiente para fazer o mercado deixar de lado os problemas com o acidente nuclear na usina de Fukushima no Japão, guerra na Líbia e crise da dívida portuguesa na Europa. Segundo o Departamento de Comércio, o crescimento da economia norte-americana no quarto trimestre de 2010 foi revisado para a taxa anualizada de 3,1% superando as estimativas dos analistas que girava em torno de 2,8%. No fechamento do ano o PIB (Produto Interno Bruto) ficou em 2,9%, a expansão anual é a maior desde 2005, quando a economia do país cresceu 3,1%. O que contribuiu para este crescimento acima do esperado foram os gastos com consumo pessoal que aumentaram bastante juntamente com as exportações (estimuladas é claro pela desvalorização do dólar).
Wall Street encerrou a semana com chave de ouro, S&P500 subiu 2,7%, Dow Jones encerrou com ganhos de 3,1% e Nasdaq fechou com uma alta de 3,8%. Os ganhos desta semana vieram após uma série de baixas motivadas pelo terremoto no Japão, conflitos nos países árabes e a volta dos problemas com dívidas de países europeus. Por isso mesmo o investidor deve ficar bem atento pois nenhum desses problemas ainda foram resolvidos, infelizmente alguns estão longe de uma solução. Outro fator importante a ser considerado é que o volume financeiro da semana em Wall Street foi ridiculamente baixo, isto é, tem muita gente de fora que ainda não arriscou abrir uma posição no mercado, tanto para compra, quanto para venda. Olhando pelo gráfico semanal do Dow Jones podemos perceber que a recuperação veio com um teste bem sucedido na linha central de bollinger, a tendência de alta no médio e longo prazo continua intacta e muito bem desenhada.
Na Europa, a reunião de cúpula da União Europeia em Bruxelas já está apresentando resultados positivos. Foi anunciado um amplo pacote de medidas para apoiar o euro, incluindo a expansão de um fundo de socorro do bloco, o estabelecimento de um mecanismo de resgate permanente na zona do euro e uma nova rodada de testes de resistência no setor bancário. Mesmo com Portugal resistindo a uma ajuda inevitável da União Européia as bolsas por lá fecharam a semana em alta, na Alemana a bolsa de Frankfurt confirmou fundo no teste na LTA de longo prazo em 6.5k mantendo sua tendência de alta inalterada assim como Dow Jones e S&P500.
Na Ásia os problemas com a usina nuclear de Fukushima estão sendo observados de perto pelo mercado. Como a situação não piorou mas também não melhorou, a bolsa de Tóquio "parou para respirar" oscilando pouco esta semana se mantendo no nível dos 9.5k acima da linha de suporte da zona de congestão.
No mercado doméstico fechamos a semana em leve alta mas nada muito animador pois continuamos abaixo dos 68k. O Ibovespa continua trabalhando dentro da sua zona de congestão sem apresentar indicação de rompimento ascendente ou descendente. No médio prazo a tendência continua sendo de baixa com topos e fundos descendentes negociados abaixo da linha central de bollinger que está apontando para baixo, já olhando para um prazo maior a tendência ainda é de bolsa lateralizada nesta faixa de 60 a 70k (aproximadamente).
Um ponto que merece destaque na análise é a volta da pressão das commodities, conforme havia destacado há algumas semanas atrás. Vamos dar uma olhada no gráfico do Commodity Related Equity logo abaixo. A partir do mês de fevereiro deste ano originou-se uma tendência de correção nos preços, mas devido aos fatores externos, tais como a guerra na Líbia e provável aumento de commodities para reconstrução do Japão, esta tendência foi anulada e os preços voltaram a subir.
E quando o assunto é commodities fica impossível não falar do barril de petróleo. Com os conflitos no mundo árabe se acirrando cada vez mais, fica difícil enxergar um patamar de preço abaixo dos 100 dólares para o barril do tipo light. Reparem que já são 4 semanas seguidas que o barril de petróleo fecha acima da barreira dos 100 dólares, mantendo esta tendência ficará difícil a gasolina não sofrer reajustes no curto prazo pois o preço está se consolidando acima deste patamar.
Esta preocupação com a alta das commodities foi comentada inclusive pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmando que esses impactos acentuarão percepção da inflação no país, sendo assim é natural que as perspectivas de inflação não melhorem a curto prazo. Se preparem pois deve aparecer mais um aumento de 0,50 pontos base sobre a taxa selic na próxima reunião do Copom nos dias 19 e 20 de abril
Fonte: http://www.financasinteligentes.com/
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