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Copel e Energia fazem proposta de R$ 3,2 bi pelo Grupo Rede
É a segunda oferta pela companhia, que está em recuperação judicial; CPFL e Equatorial também disputam ativos
01 de junho de 2013 | 2h 07
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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Energisa fizeram proposta de R$ 3,2 bilhões para compra de participações societárias em nove empresas do Grupo Rede Energia.
As empresas pedem que a oferta seja considerada na assembleia de credores da companhia, que está em recuperação judicial, marcada para a...
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Copel e Energia fazem proposta de R$ 3,2 bi pelo Grupo Rede
É a segunda oferta pela companhia, que está em recuperação judicial; CPFL e Equatorial também disputam ativos
01 de junho de 2013 | 2h 07
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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Energisa fizeram proposta de R$ 3,2 bilhões para compra de participações societárias em nove empresas do Grupo Rede Energia.
As empresas pedem que a oferta seja considerada na assembleia de credores da companhia, que está em recuperação judicial, marcada para a próxima quarta-feira. A proposta vai rivalizar com outra, da CPFL e da Equatorial Energia, que está sendo discutida desde outubro do ano passado.
A Copel e a Energia propõem um pagamento de dinheiro, além de assimilação de dívidas, em troca de participações nas oito distribuidoras de energia do Grupo Rede sob intervenção do governo federal, além de fatia majoritária da geradora Tangará Energia. A proposta da CPFL e da Equatorial Energia não prevê aporte de capital.
A petição com a proposta foi protocolada na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, conforme comunicado divulgado ontem pela Copel e pela Energisa.
Até o fim de março de 2012, o endividamento total do Grupo Rede era de cerca de R$ 5,7 bilhões, segundo balanço mais recente no site da empresa.
Discórdia. A movimentação 'pré assembleia' é forte no Grupo Rede. Receosos de que o processo de recuperação judicial pudesse ser favorável aos bancos estatais, alguns credores tentaram impedir que o Banco do Nordeste (BNB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil (BB) e o Banco da Amazônia votassem na assembleia.
Até o momento, porém, só obtiveram a garantia de que o BNDES não votará. O banco está impedido de votar por ser acionista do Grupo Rede. O artigo 43 da nova Lei de Falências estabelece que os sócios com mais de 10% de participação acionária na empresa devedora não poderão votar nas reuniões. O BNDES detém 15,86% da companhia.
Segundo a lista dos credores divulgada pelo Grupo Rede, o BNDES tem a receber R$ 126,3 milhões do Grupo Rede. Essa dívida, no entanto, é com garantias reais, e a proposta de recuperação judicial que foi apresentada pela empresa em conjunto com a CPFL Energia e a Equatorial prevê a conversão da dívida em ações do grupo.
No mês passado, o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, informou que as elétricas interessadas em comprar o Grupo Rede e o banco de fomento mantinham negociações que poderiam culminar na ampliação da participação do banco na empresa.
O Banco da Amazônia tem créditos a receber de R$ 34,4 milhões, o Banco do Nordeste, de R$ 76,79 milhões, e o BB, de R$ 5 milhões. Os credores também tentaram impedir a votação dos debenturistas da 4ª emissão da Rede Energia.
Um dos maiores credores do Grupo Rede é o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa. O FI-FGTS tem crédito a receber de R$ 712,5 milhões.
O Bank Of New York Mellon entrou com um pedido para que a Caixa também ficasse impedida de votar na assembleia. O pedido foi negado. O Grupo Rede argumentou que o banco não estaria habilitado a fazer esse tipo de pleito, pois não seria parte legítima da recuperação judicial, mas apenas o agente fiduciário das notas perpétuas que haviam sido emitidas pela companhia no mercado de capitais americano / WELLINGTON BAHNEMANN, COM REUTERS
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