Consultando a internet encontrei a seguinte matéria, publicada a algum tempo pelo Estadão:
"O Estadao de S.Paulo
A partir desta semana, a gaúcha Reichert, uma das maiores exportadoras de sapatos do Brasil, começa a fechar todas as suas fábricas. Cerca de cinco mil funcionários podem ir para as ruas. A empresa, que cresceu produzindo calçados para grifes famosas da Europa e Estados Unidos, não suportou a concorrência chinesa e o real valorizado. Por anos, não ter uma marca própria foi estratégico para a Reichert. Agora, é essa mesma receita que contribui para seu fracasso.
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Consultando a internet encontrei a seguinte matéria, publicada a algum tempo pelo Estadão:
"O Estadao de S.Paulo
A partir desta semana, a gaúcha Reichert, uma das maiores exportadoras de sapatos do Brasil, começa a fechar todas as suas fábricas. Cerca de cinco mil funcionários podem ir para as ruas. A empresa, que cresceu produzindo calçados para grifes famosas da Europa e Estados Unidos, não suportou a concorrência chinesa e o real valorizado. Por anos, não ter uma marca própria foi estratégico para a Reichert. Agora, é essa mesma receita que contribui para seu fracasso.
O exemplo da Reichert não é o único, mas serve de lição sobre o que não se pode mais fazer nessa indústria. A saída, apontam especialistas, parece ser uma só: investir em marca, tecnologia e design próprios.
"Está difícil para todo mundo, mas ficou impossível para empresas que vendem com marcas de terceiros porque a China faz tudo", diz o presidente e fundador da Grendene, Alexandre Grendene. "Tem muita empresa no Brasil produzindo sapato sem lucro nenhum."
Esse não é o caso da Grendene. Ela faz parte da lista de empresas brasileiras de calçados que continuam crescendo (embora menos do que gostariam) num mercado dominado pelos chineses. No primeiro trimestre, as exportações da Grendene cresceram 40% em faturamento e 15% em volume. "Nós sacrificamos um pouco as margens para continuar crescendo. Nosso produto ainda é competitivo por ter tecnologia avançada, um parque industrial moderno e mão-de-obra barata (a produção é concentrada em Sobral, no Ceará)", completa Grendene.
A empresa é dona das marcas Melissa e Ipanema, que já começam a fazer algum sucesso no exterior, mas faz volume mesmo vendendo sapatos de plástico para grandes varejistas, como o Wal-Mart. Nessa indústria de margens apertadas, escala torna-se cada vez mais um elemento crucial à saúde das empresas.
Grendene, inclusive, não descarta uma união com o irmão gêmeo, Pedro, dono da Vulcabrás, sócio da Grendene e agora controlador da Azaléia. "Eu e meu irmão nos damos maravilhosamente bem. Não é impossível, mas não estamos pensando nisso por enquanto", diz. Juntas, elas seriam a maior fabricante de calçados do País, com faturamento acima de R$ 2 bilhões por ano."
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