FRIGORIFICOS: Ações disparam após notícias de surto de peste suína africana (PSA) na ChinaSão Paulo, 16 de março de 2023 - Os papéis dos frigoríficos operam em forte alta em meio anotícias de surto de peste suína africana (PSA) na China que podem favorecer a exportações decarne das produtoras brasileiras. As ações da Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Minerva(BEEF3) apresentavam maiores altas, de 10,33%, 7,94%, 7,02% e 6,58%. O Ibovespa subia 0,35% às11h11 (de Brasília) desta quinta-feira.O Itaú BBA aponta que casos relatados de peste suína africana (PSA) na China p...
FRIGORIFICOS: Ações disparam após notícias de surto de peste suína africana (PSA) na ChinaSão Paulo, 16 de março de 2023 - Os papéis dos frigoríficos operam em forte alta em meio anotícias de surto de peste suína africana (PSA) na China que podem favorecer a exportações decarne das produtoras brasileiras. As ações da Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Minerva(BEEF3) apresentavam maiores altas, de 10,33%, 7,94%, 7,02% e 6,58%. O Ibovespa subia 0,35% às11h11 (de Brasília) desta quinta-feira.O Itaú BBA aponta que casos relatados de peste suína africana (PSA) na China podem estarnovamente no centro das atenções, citando uma reportagem da agência "Reuters", publicada ontem(15/3), que informou que alguns casos da doença foram relatados pelo país após o feriado do AnoNovo Chinês em janeiro. A reportagem da Reuters também observou que a doença pode afetar até 10%da produção de carne suína chinesa, contra uma queda de 30% na produção de carne suína em2018-20."Acreditamos que é muito cedo para assumir consequências semelhantes às da pandemia de PSA de2019. O fluxo restrito de notícias sobre o surto atual até agora pode indicar que este é um surtocontrolado e, portanto, pode ser muito cedo para assumir que o impacto será semelhante em magnitudeà crise anterior em termos de mortalidade e inflação de preços de proteínas", disse o ItaúBBA, em relatório. "Embora pareça justo supor que este será um tema quente de discussão entre osinvestidores, se confirmado, temos motivos para acreditar que os impactos serão mais brandos do quedurante o último surto de PSA no país, e não prevemos grandes mudanças para as empresas deproteína sob nossa cobertura por enquanto."No caso de uma intensificação do surto, o Itaú BBA cita preferência no investimento emexportadores de carne bovina, em vez de carne suína ou de aves. "Mantemos nossa preferência pelaJBS e Minerva sobre os outros nomes, já que essas empresas ainda estão sendo negociadas com umaavaliação atraente.""Além disso, notamos que os preços das aves em 2019 enfrentaram uma queda rápida após osajustes acelerados na oferta global. Ainda acreditamos que é muito cedo para ficarmos otimistasnesta notícia, mas ambas as teses de investimento são sólidas, a nosso ver, e preferimosconsiderar este surto de PSA como um risco positivo neste momento."A doença, conhecida por extinguir 30% da produção de carne suína na China durante o últimosurto em 2019-20, tem uma alta taxa de mortalidade e foi um dos eventos mais transformadores nocomércio global de proteínas na história recente.A China levou cerca de quatro anos para recuperar sua produção de carne suína aos níveispré-PSA. A produção de carne de porco no país caiu 11 milhões de toneladas em 2019 e 6 milhõesde toneladas em 2020, já que se espalhou pela China durante a última pandemia. O país voltou aseu nível de produção pré-PSA em 2022, mas os preços da proteína na região permaneceram altosao longo o período de recuperação."Notamos que os preços do frango se ajustaram rapidamente da última vez devido ao ciclo doanimal, mas tanto a carne suína quanto a bovina ficaram acima da média ao longo do período deabastecimento de recuperação. Para a carne bovina, acreditamos que a PSA acelerou uma tendênciade longo prazo de aumento do consumo de carne bovina na China.A China elevou seus padrões sanitários para o processo de produção desde então, mitigandoparte do potencial impacto em sua produção no país. Durante a última pandemia, a produçãochinesa de carne suína concentrava-se principalmente em fazendas de pequena escala operadas porfamílias.No entanto, a consolidação acelerou significativamente após a crise da PSA. Além disso,dados os altos custos associados a regulamentações e biossegurança, juntamentecom as notáveis vantagens de escala do setor, o mercado tende naturalmente a evoluir para umnúmero reduzido de players de grande porte. Esta é uma tendência que já havia começado antes dacrise da PSA, mas foi acelerada pela enfermidade. Os dez maiores produtores da China responderam por8% da oferta em 2018, e o o governo quer que eles produzam pelo menos 50% da oferta até 2025, o quedeve levar a taxas de contágio mais baixas e desacelerar a propagação de surtos da doença nofuturo.Cynara Escobar / Agência CMACopyright 2023 - Grupo CMA
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