DENÚNCIA CONTRA A MINERADORA VALEREUTERS | 12.01.2021A Mineração Rio do Norte (MRN) pertencente majoritariamente à EMPRESA MINERADORA VALE, possui 26 barragens que representam um número significativo no universo total das barragens de mineração no Brasil. Todas as barragens da MRN estão localizadas em Oriximiná, o município com maior número de barragens de rejeitos no Pará. 24 das barragens estão situadas no interior da Floresta Nacional Saracá-Taquera, uma Unidade de Conservação Federal. As outras duas barragens estão na área do porto da empresa, a 430 metros do Quilombo Bo...
DENÚNCIA CONTRA A MINERADORA VALEREUTERS | 12.01.2021A Mineração Rio do Norte (MRN) pertencente majoritariamente à EMPRESA MINERADORA VALE, possui 26 barragens que representam um número significativo no universo total das barragens de mineração no Brasil. Todas as barragens da MRN estão localizadas em Oriximiná, o município com maior número de barragens de rejeitos no Pará. 24 das barragens estão situadas no interior da Floresta Nacional Saracá-Taquera, uma Unidade de Conservação Federal. As outras duas barragens estão na área do porto da empresa, a 430 metros do Quilombo Boa Vista.A Mineradora (MNR) já possui casos antigos de contaminação do Rio Trombetas-PA, e recentemente foi multada em +R$ 150 milhões de reais pela ANM (Agencia Nacional de Mineração) juntamente com ICMBIO após visitas de inspeções por este órgãos em Dez/2020.A questão é que das 26 barragens, 13 estão com riscos eminentes de rompimento em escala crítica que poderia causar um acidente ambiental em proporção de 3 a 4 vezes maior que Mariana e Brumadinho, entretanto, a MRN está em uma região remota no coração da floresta amazônica, o que dificulta visitas da midia e outros, e a omissão se esconde atrás do poder financeiro em que tem a mineradora de oferecer propinas e “ajuda” aos órgãos que deveriam controlar as irregularidades da empresa.A situação é crítica e os moradores do Quilombo Boa Vista e das comunidades ribeirinhas Boa Nova e Saracá, situados a jusante das barragens da MRN, temem por seu futuro no caso de um rompimento. As incertezas são ainda maiores uma vez que não se tem acesso aos relatórios das fiscalizações da segurança das barragens realizadas pelo, então, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), atual Agência Nacional de Mineração, em 2015, 2018 e agora em 2020. A ANM negou à Comissão Pró-Índio (que fiscaliza e defende os stakeholders impactados nesse processo) acesso aos relatórios das vistorias sob a alegação de que os mesmos têm caráter sigiloso de acordo com a Lei de Propriedade Industrial. Assim, a sociedade não tem qualquer informação sobre os resultados da fiscalização.
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