Receita do Frigorífico Minerva Cresce 25%
A empresa deve manter, neste ano, a posição de terceira maior exportadora de produtos de carne bovina do Brasil. Até setembro, o frigorífico teve receita bruta de R$ 1,13 bilhão, alta de 25% sobre os mesmos meses do ano passado. O crescimento de 2007 deve ficar em 30%.
Fonte: Agencia de Notícias – Brasil - Árabe
Isaura Daniel - isaura.daniel@anba.com.br
São Paulo – O frigorífico Minerva, um dos líderes na produção de carne bovina do Brasil, deve terminar o ano com crescimento de 30% nas suas vendas. Até o mês de setembro, a recei...
Receita do Frigorífico Minerva Cresce 25%
A empresa deve manter, neste ano, a posição de terceira maior exportadora de produtos de carne bovina do Brasil. Até setembro, o frigorífico teve receita bruta de R$ 1,13 bilhão, alta de 25% sobre os mesmos meses do ano passado. O crescimento de 2007 deve ficar em 30%.
Fonte: Agencia de Notícias – Brasil - Árabe
Isaura Daniel - isaura.daniel@anba.com.br
São Paulo – O frigorífico Minerva, um dos líderes na produção de carne bovina do Brasil, deve terminar o ano com crescimento de 30% nas suas vendas. Até o mês de setembro, a receita bruta da empresa já aumentou 25% sobre o mesmo período de 2006 e ficou em R$ 1,13 bilhão, segundo números divulgados ontem (06) à imprensa e investidores pelo diretor presidente da companhia, Fernando Galletti de Queiroz. Nos mesmos meses do ano passado, a receita do Minerva estava em R$ 907 milhões. O frigorífico também deve manter a posição de terceiro maior exportador de produtos de carne bovina do país.
Do total de receita bruta que a companhia teve entre janeiro e setembro deste ano, R$ 831,7 milhões vieram de exportações e R$ 300,6 milhões do mercado nacional. De acordo com Queiroz, entre os fatores que favoreceram o frigorífico estão o baixo custo de produção da carne bovina no país, a demanda mundial aquecida aliada à falta de condições dos concorrentes estrangeiros de aumentar suas produções. “O Brasil é um dos mais competitivos do mundo em carne bovina, com custo de US$ 1,50 por quilo”, disse. No Uruguai o custo é de US$ 1,70, na Austrália US$ 2,41, no Canadá US$ 2,85 e nos Estados Unidos US$ 3,14. Na Argentina é menor: US$ 1,45.
De acordo com Queiroz, mesmo com o ajuste de preço em função do câmbio e demanda alta, o preço da carne bovina brasileira se mantém competitivo. Concorrentes do Brasil em carne bovina, como Austrália, por exemplo, não têm como aumentar suas produções em função da disponibilidade de recursos naturais, como o hídrico. “A Austrália chegou no seu limite”, disse Queiroz. Na Argentina, onde os preços e a exportação são controlados pelo governo para evitar a inflação, os produtores estão desmotivados a investir na pecuária. Há ainda a Europa sinalizando uma possível abertura do seu mercado ao gado vivo do Brasil, o que também indica que ela não tem rebanho próprio suficiente para aumentar seu abate.
Somado a isso, o consumo mundial de carne bovina está aquecido. Segundo o diretorpresidente da Minerva, a China vem aumentando a produção, mas também o consumo cresce a taxas ainda mais altas. O consumo de carne bovina entre os chineses é de quatro a cinco quilos por pessoa por ano. O crescimento de renda em alguns países, como no Oriente Médio, entre os produtores de petróleo, também está fazendo a carne entrar no cardápio das classes sociais mais baixas. Há ainda países do Extremo Oriente adotando hábitos mais ocidentais, como o consumo de carne bovina.
O Minerva é o oitavo maior frigorífico do mundo, com capacidade de abate de cinco mil cabeças de gado por dia e capacidade de processamento de 1,2 mil toneladas diárias. Em julho deste ano, a empresa ingressou no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), para o qual entram apenas empresas que se comprometem a adotar práticas de governança corporativa além das exigências legais. Na operação, o Minerva captou R$ 333 milhões. Atualmente, o valor de mercado da empresa é de R$ 1 bilhão. Do total de ações da empresa, 17,7% estão hoje nas mãos de estrangeiros.
Até o final deste ano, o Minerva terá investido R$ 95 milhões, segundo dados da empresa, principalmente com expansão e construção de unidades. De acordo com Queiroz, a Minerva percebe também que há um momento cada vez mais favorável para aquisições. A empresa tem atualmente unidades no Pará, Rondônia, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins, mas não tem no exterior. “As aquisições estão a ponto de acontecer”, disse Queiroz. De acordo com ele, a empresa está “olhando com bastante cuidado” para Paraguai e Uruguai. Aquisições no Brasil e na Austrália também são uma possibilidade, segundo ele.
A empresa também está vislumbrando, segundo Queiroz, a expansão internacional em comercialização. Atualmente o Minerva tem escritórios em Argel, na Argélia, em Beirute, no Líbano, em Teerã, no Irã, e em Moscou, na Rússia. Em 2008, o Minerva planeja abater 7.850 cabeças de gado por dia e desossar 11.600, também diariamente. As informações foram divulgadas em reunião promovida pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em São Paulo.http://www.minerva.ind.br/ri/index.htm
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