Menos é mais: o plano da Neogrid para voltar a crescerCom softwares que compilam uma ampla gama de dados para oferecer soluções de inteligência comercial para indústria e varejo, a Neogrid chegou à Bolsa no apagar das luzes de 2020, no auge do otimismo com papéis de tecnologia. Desde então, sofreu com a virada do humor do mercado e amarga uma queda de 70%, avaliada em R$ 313 milhões. Sob novo comando desde fevereiro do ano passado, a companhia quer agora reverter esse cenário, ajustando o foco em geografias e produtos, para mostrar que consegue entregar um crescimento sustentável. ...
Menos é mais: o plano da Neogrid para voltar a crescerCom softwares que compilam uma ampla gama de dados para oferecer soluções de inteligência comercial para indústria e varejo, a Neogrid chegou à Bolsa no apagar das luzes de 2020, no auge do otimismo com papéis de tecnologia. Desde então, sofreu com a virada do humor do mercado e amarga uma queda de 70%, avaliada em R$ 313 milhões. Sob novo comando desde fevereiro do ano passado, a companhia quer agora reverter esse cenário, ajustando o foco em geografias e produtos, para mostrar que consegue entregar um crescimento sustentável. “Com os avanços da digitalização, a companhia quer agora dar o próximo passo, que é o de ser um agente capaz de ajudar tanto a indústria quanto o varejo a gerar valor, incentivando a colaboração entre eles", diz Jean Klaumann, CEO da Neogrid. O executivo assumiu o comando em fevereiro do ano passado, trazendo na bagagem uma carreira de mais de 20 anos em empresas como Stone, Totvs, Linx e Datasul.Num novo direcionamento estratégico – feito com a ajuda da consultoria Bain&Company –, o plano é se consolidar um one-stop-shop de soluções comerciais para o varejo, com esforços concentrados principalmente no mercado de consumer packaged goods (CPG), aqueles de alto giro vendidos em supermercados ou farmácias. Trata-se de um mercado que movimenta R$ 700 bilhões por ano no Brasil, dos quais 8% a 12% vai para verbas comerciais, nas contas da empresa. É um nicho na qual a Neogrid acredita ter as maiores vantagens competitivas, com uma grande quantidade de dados sob seu guarda-chuva e sem um concorrente com a mesma gama de ofertas, diz Klaumann. Hoje, a Neogrid tem a maior malha de dados da cadeia de consumo do Brasil. Sob seus sistemas, estão informações de mais de 444 mil varejos físicos, mais de 5 mil indústrias, 3 mil distribuidores e 2,5 mil varejos on-line. São mais de 2 milhões de produtos monitorados diariamente.A experiência, somada à oferta única no país, formam os pilares para a companhia solucionar os gargalos enfrentados ainda hoje pelo setor — e ganhar espaço em um mercado ainda subpenetrado.“Nós podemos ajudar o varejo a combater a ruptura e o excesso de estoque, bem como medir melhor o resultado das campanhas de trade marketing. Hoje, metade da venda do varejo alimentar é feita de forma promocionada e grande parte do setor não consegue medir os resultados disso de forma objetiva”, diz o CEO. A companhia tem como ambição se enquadrar no que o mercado chama de “regra dos 40%”: a combinação do crescimento da receita e da margem EBITDA precisam somar pelo menos 40 pontos. A lógica do indicador, utilizado para avaliar empresas de software-as-a-service, é equilibrar a expansão do faturamento com rentabilidade, de olho na sustentabilidade do longo prazo. No limite, uma empresa pode aumentar a receita em 40% e ficar no zero a zero no EBITDA, o que significa que está focada em crescimento, ou frear o crescimento de receita e ter uma margem Ebitda de 40%, o que indica sua dominância no setor, com margens altas. No caso da Neogrid, a ambição é chegar a 50 pontos em 2028. O desafio é grande: neste ano, o indicador variou entre 8% e 17%.Hoje, a companhia tem 150 grandes redes varejistas fazendo todo o ciclo promocional dentro da plataforma da empresa, e a ideia é aumentar esse número cada vez mais. Uma alternativa para isso é usar inteligência artificial para ajudar a medir a precificação tanto do produto regular quanto dos promocionados. "Esse mercado, segundo a companhia, é de R$ 1,8 bilhão, do qual a Neogrid só captura R$ 16 milhões. “Vamos lançar novas ofertas em 2024 e 2025 para promoção, pricing e trade. Queremos fomentar a colaboração entre a indústria e o varejo, de modo que quem produz possa sugerir possíveis promoções e que ambos possam medir o resultado final de iniciativas como essa”, afirma o CEO. "https://exame.com/insight/menos-e-mais-o-plano-da-...
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