ECO - Petrobras admite desafasagem de preços de combustíveis
Ivone Portes e Vinicius Albuquerque
São Paulo, SP (FolhaNews)
O diretor-financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir
Barbassa, admitiu nesta terça-feira que os preços dos derivados de
petróleo no mercado doméstico apresentam uma defasagem de aproximadamente
10% em relação aos EUA, o que reforça a possibilidade de um reajuste nos
preços dos combustíveis no Brasil.
Ele afirmou, porém, que a Petrobras tem "uma política de não repassar
preços em momentos de pico ou de vale" no preço do p...
ECO - Petrobras admite desafasagem de preços de combustíveis
Ivone Portes e Vinicius Albuquerque
São Paulo, SP (FolhaNews)
O diretor-financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir
Barbassa, admitiu nesta terça-feira que os preços dos derivados de
petróleo no mercado doméstico apresentam uma defasagem de aproximadamente
10% em relação aos EUA, o que reforça a possibilidade de um reajuste nos
preços dos combustíveis no Brasil.
Ele afirmou, porém, que a Petrobras tem "uma política de não repassar
preços em momentos de pico ou de vale" no preço do petróleo no mercado
internacional.
Segundo ele, a alta atual do petróleo se deve a motivos pontuais e
sazonais, como a crise no Oriente Médio e o verão nos EUA, em um momento
de baixos estoques. "Superadas essas duas questões, os preços devem se
acomodar", disse, Barbassa, após apresentar os resultados da Petrobras no
primeiro trimestre a investidores em São Paulo.
Às 11h15 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em setembro,
negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 73,55,
ligeira alta de 0,03%.
No dia 14 de julho, o barril do petróleo cravou o recorde de US$ 78,40 em
Nova York, influenciada principalmente pelo conflito entre Israel e o
grupo terrorista libanês Hizbollah, iniciado dois dias antes.
O temor então era de que o Irã acabasse envolvido nos confrontos e o
fornecimento mundial da commodity pudesse ser comprometido --o país é o
segundo maior exportador da Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo).
Nos EUA, o consumo de gasolina atinge picos durante o verão (inverno no
Brasil), quando também começam as férias escolares e mais pessoas viajam
de carro pelo país.
No entanto, os estoques do combustível no país têm registrado quedas. Na
semana passada, o Departamento de Energia dos EUA divulgou uma queda de
3,2 milhões de barris na reserva de gasolina do país (que totalizou 207,7
milhões de barris) e de 1,1 milhão de barris na reserva de petróleo (que
ficou em 332,6 milhões de barris).
Além disso, o crescimento acentuado da demanda pelo produto em países em
desenvolvimento como a China e a India preocupa, principalmente diante de
quedas de produção --como a anunciada pela British Petroleum, que
interromperá parte de sua produção em seu campo petrolífero na baía de
Prudhoe, no Alasca, enquanto realiza os trabalhos de substituição de
canais de transporte de petróleo que apresentaram corrosão e vazamentos.
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