Compartilho uma analise fundamentada sobre RDNI3
Eu venho comprando constantemente RDNI3 e os meus principais motivos são: 1) grande diferença entre o VM de o VP, o menor de todos se desconsideramos aqueles que possuem patrimônio líquido; 2) tem um controlador super forte, o que nenhuma outra construtora possui; 3) Esse controlador demonstrou bem que está disposto a auxiliar a empresa, caso necessário, como fez este ano com as compras de recebíveis sem direito de regresso e com as compras de diversos imóveis para encerrar as vendas de 2 edifícios; 4) VP que não reflete bem o valor de...
Compartilho uma analise fundamentada sobre RDNI3
Eu venho comprando constantemente RDNI3 e os meus principais motivos são: 1) grande diferença entre o VM de o VP, o menor de todos se desconsideramos aqueles que possuem patrimônio líquido; 2) tem um controlador super forte, o que nenhuma outra construtora possui; 3) Esse controlador demonstrou bem que está disposto a auxiliar a empresa, caso necessário, como fez este ano com as compras de recebíveis sem direito de regresso e com as compras de diversos imóveis para encerrar as vendas de 2 edifícios; 4) VP que não reflete bem o valor de todos imóveis, pois muitos terrenos foram comprados nos anos de 2005-2008 e estão com VP daquela época; 5) possui bons projetos na área de loteamentos, os quais possuem margem de lucro muito alta; 6) previsão de alta geração de caixa entre o 3º tri de 2017 e o final de 2018; entre alguns outros fatores.
Recentemente tiveram alguns fatos que auxiliaram no meu otimismo, com os novos lançamentos. O destaque é o fato de que os lançamentos no 3º tri possuem um VGV de quase o VM da empresa, o que chega a ser um absurdo.
Agora, respondendo objetivamente a sua pergunta, o que observar: 1) velocidade de venda dos imóveis recém lançados. O Green Home, lançamento em novembro, vendeu 26% das unidades no lançamento. 2) geração de caixa. A empresa entregou um VGV de R$ 400 milhões no 2º tri, os quais já estão gerando caixa, mas os atrasos nos repasses de financiamento demoram para permitir a geração de caixa. 3) redução dos distratos, que precisam voltar a representar 1/3 das vendas, para possibilitar um equilíbrio; 4) novos lançamentos, a empresa promete lançamentos de até R$ 500 milhões este ano, o que é possível, pois tem projetos aprovados e o projeto de Rondonópolis foi lançado em etapas; 5) acompanhar quando vão lançar a segunda etapa de Rondonópolis, se ocorrer até junho, é porque as vendas lá estão um sucesso, visto que a 1ª etapa foi lançada em 27.11; 6) evolução da dívida, tenho expectativas de que zerem, ou cheguem perto disso, até o final do 2º tri de 2018.
Depois, outro dado a ser acompanhado nela e em todas as construtoras será a mudança contábil. Ainda não há certeza de como funcionará a nova contabilidade das construtoras, mas em princípio passarão a apurar o lucro apenas na entrega dos empreendimentos, assim, a Rodobens precisará refazer os balanços de 2017, o que fará ela passar de prejuízo para lucros bem altos, mas não tenho certeza do impacto que isso pode ocasionar nas cotas.
Por fim, é importante acompanhar o que o pessoal do Kinea vai fazer, é muito estranho eles terem entrado, acabado com a liquidez e agora praticamente impedem a valorização da empresa.
Faço hoje com Rodobens o mesmo nível de concentração que fiz no passado com Bematech, o problema foi a forte redução da liquidez da Rodobens que dificulta a valorização, mas por causa do forte controlador, sinto-me mais confortável para fazer alta concentração de investimentos sem o risco de default, como a Fitch já confirmou.
Apenas para registrar, como sou analista de valores mobiliários, CNPI, bastante conhecido nos fundos imobiliários, quero ressaltar que os comentários não são uma análise, mas uma conversa em um fórum.
Mostrar mais