Futuro autônomo, conectado e elétricoA revolução mais próxima é a dos carros elétricos. Segundo a revista britânica The Economist, a participação desses veículos continuará crescendo. O movimento acompanha regulações mais restritivas na emissão de gases poluentes, baterias com preço mais acessíveis e mais modelos elétricos para o consumidor escolher.Em 2021, três a cada 100 carros vendidos serão completamente elétricos ou híbridos. Essa participação de mercado deve chegar até 20% a 25% em 2030, segundo a publicação. “É o principal foco de todas as montadoras do mu...
Futuro autônomo, conectado e elétricoA revolução mais próxima é a dos carros elétricos. Segundo a revista britânica The Economist, a participação desses veículos continuará crescendo. O movimento acompanha regulações mais restritivas na emissão de gases poluentes, baterias com preço mais acessíveis e mais modelos elétricos para o consumidor escolher.Em 2021, três a cada 100 carros vendidos serão completamente elétricos ou híbridos. Essa participação de mercado deve chegar até 20% a 25% em 2030, segundo a publicação. “É o principal foco de todas as montadoras do mundo hoje: criar uma área de pesquisa e desenvolvimento focada em eletrificação”, diz Massa.O futuro dos automóveis já pode ser visto em regiões como Estados Unidos, Europa e China. As companhias mais representativas desse movimento já estão nas bolsas de valores nova-iorquinas. A Tesla (TSLA34) viu suas ações na Nasdaq subirem 743% ao longo de 2020. A valorização da fabricante de carros autônomos, conectados e elétricos continuou neste ano, inclusive tornando o fundador Elon Musk no homem mais rico do mundo. Sua fortuna está hoje em US$ 202 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index. Vale lembrar que foi a empresa que inaugurou o mercado de carros elétricos, lançando o Tesla Roadster em 2008.Atualmente, o valor de mercado da Tesla está em cerca de US$ 805 bilhões, ante cerca de US$ 39 bilhões da Ford. A Tesla produziu quase 500 mil automóveis em 2020, uma fração dos carros montados pela Ford, que ainda não divulgou os resultados fechados de 2020, mas em 2019 produziu quase 5,4 milhões de unidades.A discrepância entre avaliação de mercado, mesmo com produção bem menor, seria justificada pelo potencial de carros mais sustentáveis e inteligentes – mas não só, já que os papéis também subiram embalados pela alta generalizada do setor de tecnologia durante a pandemia.A Tesla é considerada líder na produção de baterias mais densas em energia e no desenvolvimento de software. Segundo o jornal americano New York Times, o modelo mais econômico da Tesla percorre cerca de 400 quilômetros sem recarga. Os comandos do carro são atualizados por rede sem fio, sem a necessidade de revisitar concessionárias.Isso não significa que não existam concorrentes tecnológicos. A fabricante automotiva de Elon Musk tem uma fábrica na China. Mas o país também abriga a Nio, conhecida como “Tesla da China”. A empresa fabrica carros autônomos, conectados e elétricos e tem sedes na China e na Europa. Em 2020, a Nio entregou 36,7 mil veículos. A empresa tem suas ações negociadas na NYSE, com avaliação de mercado em cerca de US$ 98 milhões.Os automóveis também já têm investimentos em conectividade, como assistentes de voz integradas e as atualizações vistas no software da Tesla. “A evolução nesse segmento vai passar muito pela rede 5G e pelos diversos tipos de integrações que essas plataformas podem oferecer. Existem hoje softwares de análise dos veículos ou integrações com Netflix e Spotify, por exemplo, mas há oportunidade de as montadoras se posicionarem como plataformas abertas de desenvolvimento. Nesse campo, está todo mundo mais ou menos no mesmo estágio”, diz Massa.Outra frente que gigantes de tecnologia e fabricantes automotivas já desenvolvem, mas está bem distante da massificação, é a de carros autônomos. A Ford está de olho nas frentes de conectividade e carros autônomos desde 2015, segundo o CB Insights. A montadora anunciou um plano de “mobilidade inteligente” naquele ano, o que depois geraria a subsidiária Ford Smart Mobility. A Ford tem 100 veículos autônomos em fase de testes.Não é uma tarefa simples. Ainda segundo o CB Insights, a Tesla já enfrentou acidentes ocasionados enquanto seus automóveis estavam no piloto automático. A Waymo, frente de carros autônomos do Google, enfrentou atrasos em lançamento e comercialização. A vertical de carros autônomos da Uber realizou demissões.“A tecnologia para veículos completamente autônomos ainda não está sofisticada o suficiente para levar passageiros humanos. As preocupações crescem, enquanto a tecnologia requer grandes investimentos iniciais e não apresenta perspectiva atual de lucro. A pandemia colocou pressões financeiras nas fabricantes de automóveis, de peças e de produtos audiovisuais. Muitas companhias adiaram seus cronogramas de lançamento”, afirma a empresa de análise de dados em inovação. Kalume Neto, da Jato Dynamics, também cita a falta de permissão para testes e operação desses veículos em grande parte do mundo.Em abril de 2019, a expectativa divulgada pela Ford era de que os veículos começassem a circular em áreas mapeadas em 2021. Na época, o CEO Jim Hackett ressaltou que as aplicações dos carros autônomos seriam limitadas e que a indústria automotiva “superestimou a chegada dos veículos autônomos”. A pandemia fez a montadora adiar o lançamento para 2022.https://www.infomoney.com.br/negocios/carros-eletr...
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