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- 14/05/2007
Empresas driblam dólar baixo e concorrência chinesa
Luciana Rodrigues
O Globo
20/5/2007
Fundição de Santa Catarina exporta turbina para China
Em 2007, pela primeira vez em sete anos, o Brasil deve registrar déficit comercial com a China. Mas a Eletro Aço Altona, indústria de fundição e usinagem de Santa Catarina, está fazendo o caminho inverso. A empresa vende equipamentos e peças para multinacionais como Caterpillar, DaimlerChrysler e GE, que fazem cotação de preço no mercado internacional e compram de fornecedores de qualquer lugar no mundo. A valorização do real tem efeito direto na competitividade da Altona.
Nos últimos meses, a empresa catarinense viu a concorrência chinesa avançar sobre seus clientes, com preços até 30% menores. Mas deu a volta por cima: sofisticou seus produtos e, recentemente, vendeu à multinacional Alstom Power uma peça de turbina que será usada numa hidrelétrica na China.
- Nossos clientes são multinacionais e a demanda mundial está aquecida. Mas a concorrência nos trouxe um alerta: temos que ser mais agressivos nos itens de maior complexidade, nos quais a China ainda não é competitiva - explicou Cacídio Girardi, diretor da Altona.
A fábrica de Blumenau emprega 950 pessoas e faturou R$193 milhões em 2006. Para este ano, deve faturar R$226 milhões. O executivo está animado com o crescimento chinês.
- A China terá que construir 20 grandes usinas e outras dezenas de porte menor para atender a suas necessidades de energia - disse Girardi, de olho nas novas vendas.