CLAUDINEY
- Dono
- 1998
- 04/02/2007
É claro que, para o bom operador, oportunidade de compra, não é sair comprando de qualquer maneira, mas, naquele momento em que o papel esteja barato, com boa perspectiva de valorização e, naquele momento em que seus indicadores lhe dêem firmeza para entrar.
Os preços fecharam em 34,23. O suporte pelas Bandas de Bollinger (20 dias) está marcando, hoje, em 33,92. A resistência marca 40,15. Ou seja, 17,29% de diferença de canal (formado pelo suporte e a resitência do papel, considerando os desvios-padrão da BB). Se a diferença for com relação ao último topo (22/02), esta será de 16,48%.
Tá caindo como todos os papéis estão caindo com a grande correção dos últimos dias, o que poderá levá-lo à zona de sustentação na casa de 32,00. Essa zona pode ser facilmente identificada se traçarmos uma reta "pegando" os fundos das 2 últimas grandes quedas (maio/06 e jan/07) do papel.
Nesse período de "queda livre" nem perdi tempo em analisar OBV. IFR, médias móveis e MACD.
Estocástico relativamente baixo na casa dos 13%.
O papel participa com 2,65% do índice IBOVESPA em 02/03.
O relatório 4T06 foi divulgado em 07/02:
A Gerdau, maior siderúrgica do Brasil, teve um lucro líquido de R$ 3,492 bilhões no ano passado, o que representou uma alta de 7,6% em relação a 2005.
O resultado foi foi em funçãocrescimento de 18,3% no lucro obtido na América do Norte (para R$ 811 milhões) e de 74,1% na América do Sul (para R$ 289 milhões). No Brasil, o lucro da empresa caiu 4,9%, para R$ 2,278 bilhões.
Já a faturamento da Gerdau cresceu 7,2% e alcançou R$ 27,511 bilhões. Assim como no lucro líquido, a alta deveu-se aos resultados obtidos no exterior, uma vez que no Brasil o faturamento caiu 4,7%, para R$ 12,7 bilhões.
Em volumes, as empresas do grupo Gerdau produziram 15,6 milhões de toneladas de aço bruto no ano passado, uma alta de 13,9% sobre 2005.
=== A ANÁLISE ABAIXO É DA ÁGORA:
As perspectivas para a companhia são bastante positivas, tendo em vista a expectativa de maior crescimento econômico no País e dos principais pólos consumidores de aço no mundo. Para o setor de construção civil, principal mercado demandante, acreditamos, sobretudo, nas inversões em obras de infra-estrutura e nas medidas de incentivo para o setor. Na América do Norte as vendas deverão continuar sendo favorecidas pelo crescimento econômico consistente. Os preços no mercado interno deverão apresentar estabilidade e pequena recuperação no externo, a depender da evolução dos custos, que poderão mostrar pequena evolução no mercado interno e comportamento volátil no externo. No entanto, tendo em vista o maior equilíbrio do mercado internacional, a empresa deverá manter seu bom patamar de spread. Como fato negativo, chamamos atenção para a apreciação do real sobre o dólar, que reduz o faturamento com exportações e no exterior. Acrescentamos que o grupo vem realizando vários investimentos com objetivo de aumentar a capacidade e se adequar à escala de players globais, além de algumas aquisições de participações. Desta forma, continuamos recomendando a Compra (CP) de seus títulos.
PONTOS POSITIVOS:
- A Gerdau S.A. é líder no mercado nacional de aços longos;
atuação estratégica nos EUA e Canadá através da Gerdau Ameristeel Corp.;
- expectativa de maior atividade econômica interna deverá favorecer a demanda por produtos siderúrgicos;
- perspectivas favoráveis em relação ao desempenho das empresas no exterior;
- geração de caixa crescente;
- tag along de 100% para as ações ON e PN.
PONTO NEGATIVO:
Apreciação do real perante o dólar influencia negativamente o faturamento com exportações e a avaliação dos investimentos das empresas no exterior.
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Em relação às recentes aquisições, em set/05 a Gerdau firmou acordo para a compra de 35,98% das ações da Sipar Aceros, laminadora de aços longos localizada na província de Santa Fé (Argentina), pelo valor de US$ 40,5 milhões, que serão desembolsados em três anos. Com esta aquisição, a Gerdau passou a deter participação de 74,44% do capital da Sipar, que possui capacidade de produção anual de 220 mil toneladas de laminados.
No mesmo mês, a Gerdau concluiu a operação para aquisição da participação de 57,1% na Diaco, maior produtora de vergalhões da Colômbia, com capacidade de 432 mil toneladas de aço, pelo valor de US$ 75,2 milhões. Outros US$ 10,6 milhões se destinaram à conclusão da aquisição da Sidelpa, na Colômbia, subsidiária da Diaco.
Em jan/06, a Gerdau, em conjunto com outras duas empresas espanholas, uma pertencente ao Grupo Santander, com 40% de participação no negócio, e outra formada pelos principais executivos da administração do Grupo Sidenor (com participação de 20%) concluíram a compra da totalidade das ações da siderúrgica espanhola Corporación Sidenor. O investimento da Gerdau, referente a 40% da participação no capital social da companhia, foi de € 185,3 milhões.
A Corporación Sidenor, S.A. é uma holding que controla a Sidenor Industrial, S.L., maior fabricante de aços longos especiais e de peças forjadas e fundidas da Espanha. A Sidenor Industrial tem três unidades para produção de aço, localizadas em Basauri, Vitoria e Reinosa. A Sidenor Industrial possui ainda a subsidiária Forjanor, S.L. para a produção de forja para estampa, com plantas em Madri e Elgeta. No Brasil, por meio de sua subsidiária Sidenor Internacional, S.L., possui uma participação de 58,44% no capital social da Aços Villares.
Nos Estados Unidos, após ter adquirido a unidade de corte e dobra Callaway Building Products, Tennessee, e a unidade de armazenamento e processamento de sucata Fargo Iron and Metal Company, Dakota do Norte, por meio da Gerdau Ameristeel, ambas no mês de março/06, anunciou, em jun/06, a aquisição da totalidade das ações da Sheffield Steel Corporation, localizada em Oklahoma. A Sheffield Steel é uma mini-mill produtora de aços longos, principalmente vergalhões e barras, com vendas anuais de, aproximadamente, 550 mil toneladas de produtos acabados. A Sheffield opera uma aciaria, duas laminadoras e três unidades de transformação. A consolidação dos ativos viabilizará a expansão geográfica da Gerdau Ameristeel no mercado de vergalhões no sudoeste americano. O valor foi de US$ 103 milhões, além de uma dívida líquida e passivos de longo prazo de, aproximadamente, US$ 84 milhões.
Também no mês de junho, a Gerdau arrematou, em leilão público, a Empresa Siderúrgica del Perú – Siderperú. A empresa produz aços planos e longos, com vendas anuais de, aproximadamente, 360 mil toneladas/ano. O investimento realizado para aquisição de 50% mais uma ação do capital social foi de US$ 60,6 milhões, além de assumir dívidas de US$ 102 milhões.