Brasília, 26 de Agosto de 2013 – O Tesouro Nacional anunciou nesta segunda-feira que o estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, recuou 1,44% em julho, para 1,957 trilhão de reais. Em junho, esse estoque foi de R$ 1,985 trilhão – uma alta de 2,6% em relação à maio. Para 2013, o Plano Anual de Financiamento (PAF) prevê que a dívida pública federal deve oscilar entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.
Segundo o Tesouro Nacional, a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 1,6% ao passar de R$ 1,894 trilhão em junho para R$ 1,864 trilhão em julho. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 92,7 bilhões (US$ 40,47 bilhões), o que representa uma alta de 1,96% na comparação com os números de junho.
Entenda por que a dívida pública federal recuou em julho
O mês de julho, assim como junho, foi marcado por forte volatilidade no mercado de títulos e moedas conforme o mercado segue colocando no preço a possibilidade de retirada de parte dos estímulos monetários dados pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano. Agosto também repetiu essas características de elevada volatilidade e levou o Tesouro a realizar leilões extraordinárias de compra e venda de títulos. Postura que será retomada sempre que o Tesouro achar necessário.
No mês passado, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 38,09 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 85,44 bilhões, o que resultou em um resgate líquido de R$ 47,35 bilhões. Desse total líquido, R$ 45,86 bilhões referem-se a resgate líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e resgate de R$ 1,49 bilhão em Dívida Pública Federal Externa.
Participação dos estrangeiros na dívida interna brasileira
A participação do investidor estrangeiro na Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) apresentou alta em julho de 2013 e marcou novo recorde. A fatia do não residente subiu a 15,51% no mês passado, contra 14,52% em junho.
No mês passado, os dealers do Tesouro Nacional seguiam registrando fluxo externo para a compra de dívida pública. Entre maio e junho a participação cresceu, captando o fim do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% que incidia sobre o ingresso estrangeiro para aplicações em renda fixa.
As instituições financeiras encerram junho respondendo por 27,71% da DPMfi, contra 29,50% em junho. Os fundos de investimento ampliaram participação, de 23,95% para 24,34% no mês passado. As instituições de previdência fecharam julho com 17,59% da dívida, contra 17,24% em junho. O governo manteve sua fatia de 6,27%. E as seguradoras subiram sua participação de 4,25%, para 4,28%.
O custo da DPMFi caiu na passagem de junho para julho, ficando em 10,83% ao ano. A comparação feita pelo Tesouro Nacional considera o custo acumulado nos últimos 12 meses terminados em cada período. Em relação à dívida pública federal total, o custo médio caiu 0,01 ponto percentual, passando de 11,23% ao ano em junho para 11,22% ao ano no sétimo mês de 2013.
O que explicou essa baixa no custo da DPMFi foi a menor variação dos índices de preço que atrelados aos títulos da dívida (IGP-M e IPCA), que desaceleraram em comparação com o mesmo mês do ano passado.