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São Paulo, 08 de Novembro de 2013 – Por mais que tenha seus momentos, a rotina do Ibovespa este ano é mesmo de baixa. Se algum índice interno vem abaixo da expectativa ou abaixo do mês ou ano anterior, o Ibovespa cai. Se a política e a economia chinesa vai mal, o Ibovespa também cai. Se a economia norte-americana vai muito mal, o Ibovespa sofre. Porém, se a economia dos EUA for muito bem, o Ibovespa tem sofrida mais ainda… E tudo por causa dos estímulos econômicos mantidos pelo Federal Reserve…
O banco central dos Estados Unidos está louco para reduzir sua política de incentivo, começar a economizar pelo menos parte dos US$ 85 bilhões que despeja mensalmente no mercado e, se possível, subir sua taxa básica de juros. Mas para fazer isso com segurança, precisa que ter certeza que a economia do país está de fato aquecida. Um bom PIB (acima de 2,5% ao ano), uma inflação existente mas não predatória (em torno de 2,0% ao ano) e uma taxa de desemprego em baixa é tudo o que os caciques ianques esperam para pôr seu plano de desaceleração em prática.
O PIB está bem. A inflação poderia estar melhor mas não compromete. Só faltava a geração de novos empregos crescer… E foi o que aconteceu em outubro. Com isso, voltam a crescer os rumores de que o Fed pode começar a remover os estímulos já na próxima reunião no fim de novembro. Foi o sinal para os investidores que atuam na Bovespa voltarem a antecipar o sofrimento alheio. Nesta sexta-feira, o principal índice da BM&FBovespa caiu pela quarta sessão seguida.
O Ibovespa perdeu 0,93%, para 52.248 pontos – a menor cotação desde os 52.321 pontos de 08 de outubro. O giro financeiro da sessão foi de 8 bilhões de reais.
A criação de empregos nos Estados Unidos acelerou inesperadamente em outubro apesar da paralisação temporária do governo, sugerindo que o impasse orçamentário teve impacto mais limitado na economia do que se temia inicialmente. De acordo com Departamento de Trabalho, os empregadores abriram 204 mil novas vagas no mês passado. Entretanto, a taxa de desemprego subiu para 7,3%, ante a mínima em quase cinco anos em setembro de 7,2%.
Além dos dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, pesou também sobre o Índice Bovespa o comportamento das ações da empresa de telefonia Tim, que recuaram após o anúncio do plano de investimentos e declarações da Telecom Italia sobre possível venda da unidade brasileira. O presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, disse na quinta-feira que a TIM Participações, subsidiária do grupo no Brasil, é fundamental e que ele consideraria a venda do ativo apenas por um preço convincente.
