Fevereiro pode ser considerado como o mês de recuperação dos preços unitários dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. Todos os papeis valorizaram-se, recuperando parcialmente as perdas registradas ao longo de 2013 e no primeiro mês do ano.
Em relação à rentabilidade acumulada no mês, o principal destaque ficou por conta da NTN-B Principal com vencimento em maio de 2035, que apresentou retorno de 7,91% em fevereiro, seguida pela NTN-B Principal com vencimento em 2024 (6,04%) e pela NTN-B com vencimento em 2050 (5,69%).
A menor rentabilidade do mês de fevereiro foi obtida pelo título LFT 070317, que valorizou-se apenas 0,82% em relação ao preço de fechamento de janeiro. Nos últimos doze meses, o título acumula um ganho de 8,69%. No primeiro bimestre de 2014, as Letras Financeiras do Tesouro já acumulam 1,55% de ganhos.
Veja como se comportou o mercado de títulos públicos brasileiro em fevereiro de 2014.
A forte alta dos títulos reflete o pessimismo que tomou conta do mercado em virtude das altas cada vez maiores dos índices inflcionários e da dificuldade enfrentada pelo governo para controlar a inflação, mesmo tendo aumentado a taxa básica de juros nas últimas oito reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (Bacen).
No dia 26 de Fevereiro de 2014, a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros da economia brasileira (Taxa Selic) em 0,25%, para 10,75% ao ano. Foi o oitavo aumento consecutivo promovido pela instituição.
No segundo mês de 2014, 4.469 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. O número total de investidores cadastrados ao fim do mês atingiu 388.163, o que representa aumento de 14,7 % nos últimos doze meses.
Os investidores compraram R$ 404,97 milhões em títulos, valor 37,8% inferior ao mês anterior (R$ 651,14 milhões) e 71,5 % maior que o valor de fevereiro de 2013 (R$ 236,08 milhões). Os resgates totalizaram R$ 142,59 milhões, sendo R$ 110,48 milhões relativos a recompras e R$ 32,11 milhões referentes a vencimentos.
Os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados ao IPCA (NTN-B e NTN-B Principal), cuja participação nas vendas atingiu 48,5%. Os títulos prefixados (LTN e NTN-F) corresponderam a 32,4% do total e os indexados à taxa Selic (LFT), 19,1%.