Rio de Janeiro, 07 de Agosto de 2015 – De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho apresentou variação de 0,62% e ficou 0,17 ponto percentual abaixo da taxa de 0,79% registrada no mês anterior. Mais uma vez foram as contas de energia elétrica, 4,17% mais caras, que lideraram o ranking das principais contribuições individuais para o novo aumento do principal indicador da inflação brasileira
O novo reajuste nas contas de luz foi responsável pelo aumento de 0,16 ponto percentual na taxa de variação de 0,62% registrada pelo IPCA em junho. A alta na tarifa de energia elétrica foi muito influenciada pelas regiões metropolitanas de Curitiba, onde aumentaram 11,40%, refletindo parte do reajuste de 14,39% no valor das tarifas, em vigência desde 24 de junho, e São Paulo, cujo aumento de 11,11% se deve ao reajuste de 17,00% aplicado sobre as tarifas de uma das empresas de abastecimento a partir do dia 04 de julho. Em outras regiões, como Campo Grande, com 2,72%, e Belo Horizonte, com 2,04% e Brasília, com 2,03%, as contas também aumentaram, mas em função dos impostos (PIS/COFINS).
Por outro lado, houve regiões em que os impostos tornaram as contas mais baratas de junho para julho. Em Vitória a queda chegou a 8,67%, seguida por Salvador, com -4,67%.
As contas de água e esgoto também subiram e ficaram, em média, 2,44% mais caras. A alta atingiu sete das treze regiões pesquisadas, conforme mostra a tabela a seguir, com destaque para Goiânia, com 19,56%.
Regiões | Variação (%) | Reajuste (%) | Vigência |
Goiânia | 19,56 | 20,00 | 01 de Julho de 2015 |
Campo Grande | 8,16 | 8,35 | 01 de Julho de 2015 |
Porto Alegre | 3,62 | 7,60 | 01 de Julho de 2015 |
Salvador | 2,55 | 9,98 | 06 de Julho de 2015 |
Recife | 2,35 | 3,51 | 20 de Julho de 2015 |
São Paulo | 2,25 | 15,64 | 04 de Julho de 2015 |
Curitiba | 0,65 | 5,64 | 01 de Julho de 2015 |
Com isto, gastos com habitação (1,52%) ficaram com o mais elevado resultado dentre os grupos de preços pesquisados pelo instituto, sendo pressionados, ainda, pelos artigos de limpeza (0,65%), aluguel residencial (0,49%) e condomínio (0,49%).
IPCA
Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1979, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA) – também conhecido como IPCA – é o indicador oficial do Governo Federal para aferição das metas inflacionárias.
Ele mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre 1 e 40 salários mínimos mensais.
Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista. A Pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos.