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Copom mantem juros em 14,25% ao ano na sétima reunião de 2015

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Rio de Janeiro, 21 de Outubro de 2015 – Pela segunda vez no ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu não elevar a taxa básica de juros da economia brasileira. Depois de sete aumentos consecutivos de meio ponto percentual, a meta da Taxa Selic foi mantida inalterada novamente, em 14,25% ao ano – ainda o maior patamar desde agosto de 2006. Com isso, o governo continua tentando a controlar o crédito e o consumo e, assim, domar a inflação.

Nas primeiras cinco reuniões realizadas em 2015, o Banco Central optou por elevar a meta da taxa de juros anual: em janeiro de 2015 (de 11,75% para 12,25%), em março de 2015 (de 12,25% para 12,75%), em abril de 2015 (de 12,75% para 13,25%), em junho de 2015 (de 13,25% para 13,75%) e em julho de 2015 (de 13,75% para 14,25%). Já na reunião anterior, realizada em setembro de 2015, a Taxa Selic foi mantida em 14,25%.

Após a reunião do Copom, o BC divulgou o seguinte comunicado: “avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, sem viés“.

Ao mesmo tempo, a autoridade monetária também indicou que a taxa básica de juros deve permanecer neste patamar nos próximos meses: a manutenção da taxa básica de juros nesse patamar, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária. O Copom ressalta que a política monetária se manterá vigilante para a consecução desse objetivo“.

O manutenção da Taxa Selic em 14,25% ao ano ocorre em um momento de fraca atividade econômica, com analistas financeiros projetando a maior recessão dos últimos vinte e cinco anos em 2015, mas com a inflação em patamares ainda elevados, pressionada pelo aumento das tarifas publicas, como energia elétrica e gasolina, e também pela valorização do dólar, que mantém-se cotado acima de R$ 3,75 – maior patamar desde 2002.

A preocupação do Copom com a inflação não é em vão. Nos últimos cinco anos, a inflação brasileira ficou bem distante da meta central de 4,50% ao ano estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, respectivamente, a inflação somou 5,91%, 6,50%, 5,84%, 5,91% e 6,41%.

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de setembro com alta mensal de 0,54%. Nos nove primeiros meses deste ano, a inflação somou 7,64%. Já no acumulado dos últimos doze meses até junho, a inflação totalizou 9,49% – a maior taxa anual desde setembro de 2003 (15,14%).

O próprio Banco Central já admite que a inflação deve estourar o teto de 6,5% do sistema de metas em 2015. A previsão da autoridade monetária é de que a inflação encerre o ano atual em 9,00%. Para este ano, o mercado prevê um IPCA de 9,75%. A autoridade monetária tem dito que trabalha para evitar a propagação da inflação neste ano e para trazer o IPCA para o centro da meta, de 4,50%, até o final de 2016.

Para o mercado financeiro brasileiro, o centro da meta inflacionária deverá ser atingido somente em 2019. Pesquisa conduzida pelo Banco Central com mais de 100 bancos na semana passada mostra que a previsão dos economistas dos bancos está em 6,12% para o ano que vem.

Os diretores do BC, que participaram da reunião desta quarta-feira, também ressaltaram o fato de a economia do país estar em recessão técnica – o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,7% no primeiro trimestre (valor revisado) e 1,9% no segundo trimestre. Cabe salientar que, tecnicamente, um país entra em recessão após a confirmação de dois trimestres consecutivos de retração do PIB.

O aumento do desemprego no país também preocupa. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a taxa de desemprego do último trimestre encerrado em julho: 8,6%. Essa é a maior taxa desde o início da realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 2012.

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