Mariana: Vale e BHP Billiton criam fundo para recuperar o Rio Doce

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As mineradoras Vale e a BHP Billiton anunciaram hoje a criação de um fundo voluntário e sem fins lucrativos com a subsidiária Samarco para resgatar e recuperar o Rio Doce e seus afluentes afetados pelo rompimento das barragens de Mariana, em Minas Gerais. O fundo será capitalizado, inicialmente, com recursos da Vale e da BHP, mas as empresas esperam capital adicional de outras instituições públicas, privadas e ONGs para manter o fundo por um período longo.

Em nota, as empresas afirmaram que o fundo terá um comitê que vai orientar os investimentos e cuidará da aprovação orçamentária. O número de participantes ainda não foi definido, mas terá representantes dos setores público e privado.

“É um desejo da Vale unir todos os esforços, buscando apoio da sociedade, dos setores público e privado, para contribuir no processo de recuperação desta importante bacia hidrográfica brasileira, berço da Vale”, afirma o diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira.

O fundo contará com auditoria independente.

Entre as ações de recuperação do Rio Doce e seus afluentes, estão a recomposição da mata ciliar e da qualidade da água e fauna aquática, além de ajudar no resgate da biodiversidade da Bacia do Rio Doce.

Hoje, restam apenas 4% da cobertura de floresta original de Mata Atlântica na bacia. Cerca de 80% da área é composta por pastagens degradadas. O solo desmatado dificulta a infiltração da água das chuvas para sustentar os lençóis freáticos.

O Fundo vai utilizar mudas da Reserva Natural Vale (RNV) no projeto de recomposição da mata ciliar do Rio Doce. 

Multa do Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que vai aplicar multas de R$ 100 milhões à mineradora Samarco, informou a presidente do órgão, Marilene Ramos.

No total, o Ibama aplicará à Samarco duas multas: uma de R$ 50 milhões, pelo lançamento de rejeitos em rios próximos em decorrência do rompimento das barragens; e outra – no mesmo valor – em razão dos prejuízos causados à biodiversidade. Segundo Marilene Ramos, o Ibama continua analisando a situação ambiental  da área atingida pelo desastre. De acordo com o Ibama, o rompimento das barragens lançou 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos em áreas vizinhas.

 

 

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