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Especulação de mudanças econômicas inclui saída de Tombini e puxa juros

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A onda especulativa em torno das mudanças que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode promover ao voltar para o governo como um primeiro-ministro disfarçado ganhou força hoje com notícias sobre a possível saída do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. As informações já circulavam desde ontem e ganharam força hoje com reportagem do jornal Valor Econômico, dizendo que Tombini “tem dado sinais de que pedirá para sair na mexida ministerial que está sendo desenhada”.

Nas especulações, vazadas provavelmente por integrantes do governo ou do PT interessados em mudanças na política monetária e cambial, Tombini seria substituído por seu antecessor, Henrique Meirelles, que voltaria triunfante para o comando do BC, como sonha Lula desde que a situação da economia começou a se agravar no fim de 2014. Se o hoje presidente do Banco Original, do Grupo JBS, se arriscaria a entrar em um governo enfraquecido, desgastado por denúncias de corrupção e irregularidades que são ampliadas a cada dia pela Operação Lava Jato e que pode ser comandado por uma presidente que obedece a um ministro, é uma questão mais complicada.

A saída de Tombini não será, porém, uma questão de escolha. Ela se tornará inevitável, dependendo da linha que o novo governo Lula assumir. Se for a que comentam seus partidários, de usar as reservas internacionais para estimular o consumo e baixar os juros para incentivar a economia, pessoas próximas dizem que não haveria condições para ele continuar no posto, diante de sua visão contrária a essas mudanças. Pode-se criticar Tombini por não ter sido um presidente do BC muito duro, mas suas atitudes mais recentes de combater a inflação e subir os juros mostram que ele não iria tão longe na heterodoxia para ficar no cargo.

A expectativa de dança das cadeiras, porém, não se limita a Tombini. Nelson Barbosa também terá de mudar bastante seu discurso se tiver de adotar essas medidas depois de defender por tanto tempo um ajuste fiscal, por mais modesto que fosse. E o ponto fundamental para a recuperação da economia, a retomada da confiança na política econômica do governo, que inclui as políticas fiscais e monetárias, não está garantido mesmo com a posse de Lula como superministro.

Portanto, muito mais agitação aguarda  o mercado financeiro. Hoje, os juros já refletem as expectativas de mudanças esperadas no campo político. Os juros curtos, para este ano, estão em queda, coerentes com a expectativa de uma redução maior das taxas pelo novo governo, como mostram os contratos futuros para janeiro de 2017, que passaram de 13,88% para 13,83% hoje.

Já os longos estão disparando, diante da visão de que o preço pela redução dos juros agora será inflação maior e juros maiores no futuro. As taxas projetadas até janeiro de 2018 subiram de 13,88% para 13,91%, até janeiro de 2019, de 14,31% para 14,43%, e até janeiro de 2021, de 14,74% para 14,94%.

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