Em meio aos ajustes das principais bolsas estrangeiras, às 11h45, o Índice Bovespa marcava queda de 1,39%, para 50.538 pontos. Ações de setores com forte peso no indicador, como o financeiro, registravam baixas significativas. Os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) perdiam 2,42%, assim como Bradesco PN (BOV:BBDC4), 2,64%, as ações ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil (BOV:BBAS3), 1,92%, e as units (recibos de ações) do Santander (BOV:SANB11), 2,66%.

Com o petróleo apresentando trajetórias mistas no exterior pela manhã, Petrobras ON e PN (BOV:PETR3 e BOV:PETR4) também recuavam 0,19% e 0,24%, respectivamente. Ontem, em reunião do Conselho de Administração, a estatal decidiu pela redução de 43% dos 5,3 mil cargos gerenciais de áreas não operacionais, mais do que a previsão de corte inicial de 30%. Com a decisão, a redução de custos da companhia pode chegar a R$ 1,8 bilhão por ano.

Também com perdas, Vale ON (BOV:VALE3) caía 2,96%, seguidas por seus papéis PNA (BOV:VALE5), 3,07%. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a japonesa Mitsui avalia a revisão dos termos de um acordo assinado com a mineradora em 2014, a fim de tornar-se sócia da brasileira em um projeto de carvão na África.

Os investidores repercutiam ainda o Relatório de Inflação do Banco Central (BC), que mostrou o aumento da estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 6,2% para 6,6% este ano. Para 2017, a estimativa de inflação passou de 4,8% para 4,9%.

Klabin cai 5%% e Rumo sobe 3%

As piores quedas do Ibovespa no horário estavam com Klabin unit (BOV:KLBN11), 5%, CSN ON (BOV:CSNA3), 4,83%, e Estácio ON (BOV:ESTC3), 4,01%,e Lojas Americanas ON (BOV:LAME3), 3,74%. As  exportadoras Klabin  e CSN recuavam com o dólar desvalorizado, enquanto a varejista Americanas perdia um dia depois que Deutsche Bank indicou em relatório que aguarda uma desaceleração e um ambiente mais hostil na área de comércio eletrônico. Em fato revelante, a empresa também informou a aprovação de um aumento de capital para a companhia de R$ 346,4 milhões, mediante a distribuição de bonificações  na proporção de uma nova ação para cada cinco papéis existentes. Na ponta positivas, as maiores altas do índice eram de Rumo Logística ON (BOV:RUMO3), 3,94%, Qualicorp ON (BOV:QUAL3), 2,13%, Multiplan ON (BOV:MULT3), 1,01%, e Cetip ON (BOV:CTIP3), 0,50%.

Europa recua e EUA têm leve alta; petróleo ganha 1%

Na zona do euro, os índices devolviam um pouco dos fortes ganhos de ontem, além de refletir o índice de preços ao consumidor (CPI) da região, que caiu 0,1% em março na análise mensal, em linha com a expectativa de analistas, e bem abaixo da meta de inflação do Banco Central Europeu (BCE), de 2%. O Stoxx, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, perdia 1,40%, seguido pelo britânico Financial Times, 0,43%, pelo francês CAC, 1,34%, e pelo alemão DAX, 0,94%.

Nos EUA, o Dow Jones subia 0,16%, com o S&P 500, 0,08%, e o índice da Nasdaq, 0,27%.

O petróleo WTI, negociado em Nova York, subia 1,49%, para US$ 38,89, como o Brent, de Londres, com 1,45%, para US$ 39,83. Na Ásia, apesar da agência de classificação de risco Standard & Poor’s ter reduzido a perspectiva dos ratings da China de estável para negativa, as bolsas do país ficaram praticamente estáveis.

Juros avançam; dólar volta aos R$ 3,56

As projeções dos juros futuros para 2017 subiam de 13,76% ao ano para 13,82%. Para 2018, as taxas passavam de 13,46% para 13,56%. Por fim, os juros válidos até 2021 avançavam de 13,64% para 13,74%. O dólar comercial caía 1,57%, para R$ 3,56 na venda, ao passo que o dólar turismo ganhava 0,52%, sendo vendido a R$ 3,80, pressionados pelo leilão de 17 mil contratos de swap reverso do BC.