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Crédito cresce menos em março, puxado por bancos públicos, e reforça desaceleração da economia

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Dados do Banco Central revelaram que o estoque de crédito do sistema financeiro nacional apresentou um crescimento de apenas 3,3% na comparação anual, passando para R$ 3,16 trilhões. O resultado mostra uma expressiva desaceleração quando comparado a fevereiro, quando o crédito crescera 5,2%, diz a MCM Consultores, que considerou o resultado “pífio”.

Com isso, o crédito como proporção do PIB recuou de 53,6% para 53,1%, sendo que os bancos públicos voltaram a aumentar sua participação no total do crédito: de 56,4% para 56,5% pela retração dos bancos privados. O crescimento de crédito nos bancos públicos foi de 3,8%, enquanto os privados reduziram sua carteira em 0,5% no mês. Com isso, pela primeira vez, os bancos privados passaram a contribuir negativamente para o crescimento do crédito, diz a MCM.

Fonte: MCM

Pessoa Física

O crédito às famílias desacelerou de 6,2% em fevereiro para 5,7% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, devido tanto aos empréstimos com recursos livres (de 2,4% para 1,5%) como direcionados (de 10,8% para 10,5%), puxados pelos financiamentos imobiliários). Em termos reais, houve queda de 7,0% do crédito livre (ante -7,2% em fevereiro) e crescimento de 1,0% do crédito direcionado (ante 0,4% no mês anterior).

Média de concessões ao dia caiu 14%

As concessões de crédito, no conceito média diária real, tiveram queda de 13,9% no crédito livre (maior que os -11,8% em fevereiro) e de 25,0% no direcionado (ante -28,4%). Na série com ajuste sazonal, as concessões de crédito livre recuaram 3,2% em relação ao mês anterior, devido sobretudo ao cartão de crédito à vista e ao cheque especial. Por sua vez, as concessões de crédito direcionado se elevaram 1,6%, puxadas unicamente pelo crédito rural.

Inadimplência maior no cartão e em veículos

A inadimplência das famílias permaneceu em 4,3% do total, mesmo em face da ligeira redução na carteira de recursos direcionados (-0,1 p.p., para 2,1%). No crédito com recursos livres, apesar da estabilidade em 6,2% da carteira, houve elevação no cartão de crédito, de 8% para 8,1%, e na aquisição de veículos, de 4,4% para 4,8%. Já no cheque especial, houve queda nos atrasos, de 16,1% para 15,3%.

O spread médio das operações às famílias voltou a se elevar, de 28,9% para 30,0%, mesmo em face da queda da taxa de captação (de 11,0% para 10,6% ao ano). O maior spread pode ser atribuído tanto às operações com recursos livres (+2,4 pontos percentuais, para 55,0%) como direcionados (+0,3 ponto, para 3,4%).

Pessoa Jurídica

O crédito às empresas se desacelerou expressivamente, de 4,4% em fevereiro para 1,1% em março em relação ao mesmo período de 2015, devido tanto aos empréstimos com recursos livres (de 2,5% para 0,1%, dirigido em maior parte pelas operações ligadas ao setor externo, que sofreram efeito da valorização cambial), como aos direcionados (de 6,1% para 2,1%, puxado pelo BNDES). Em termos reais, houve queda de 8,5% das operações com recursos livres e de 6,6% do crédito com recursos direcionados.

A média diária real das concessões com recursos livres recuou 19,8%, ante -16,9%no mês anterior; na carteira de recursos direcionados, a queda foi de 33,1%, ante -34,8% no mês anterior. Na série com ajuste sazonal, houve queda de 5,1% em comparação com fevereiro das concessões de recursos livres, puxada pela modalidade “outros”, e queda de 10,5% das concessões com recursos direcionados, dirigidas tanto pelas operações do BNDES como por “outros”,a despeito da elevação das concessões de crédito rural.

A taxa de inadimplência das empresas se elevou 0,1 p.p., para 2,9%, devido à carteira de recursos livres (de 4,8% para 4,9%). Assim como no caso das famílias, o spread bancário se elevou 0,3 p.p., para 12,0%, devido à carteira tanto de recursos livres (+0,3 p.p., para 18,0%) como direcionados (+0,3 p.p., para 10,9%).

Perspectivas

Segundo a consultora MCM, os dados de crédito de março evidenciam o quadro de letargia dos empréstimos, fruto da conjunção de oferta mais restrita e demanda deprimida. Apesar de a inadimplência ter permanecido praticamente estável no mês, esperamos elevação gradual ao longo do ano, atenuada parcialmente pelo movimento de renegociação de dívidas por parte das instituições financeiras.

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