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A semana que antecede a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados registrou mais um movimento de baixa da moeda norte-americana ante o real brasileiro. Após quinze semanas, essa foi a oitava desvalorização semanal registrada pelo dólar. A queda desta semana pode ser atribuída, principalmente, à forte expectativa dos investidores pela saída de Dilma Rousseff do maior cargo executivo da República. Há quase um consenso no mercado financeiro brasileiro de que o governo atual não possui mais condições técnicas e morais para continuar no poder. Vale ressaltar que a variação semanal negativa teria sido muito maior se o Banco Central não tivesse interferido tanto no mercado de câmbio, comprando dólares no mercado futuro através de leilões de swaps cambiais reversos.
Em 2016, após setenta e dois pregões, o dólar acumula uma queda de 10,74% ante o real. São trinta e dois pregões de alta contra quarenta de baixa. No ano passado, a divisa dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 3,9470 para compra e a R$ 3,9480 para venda.
No mês abril, após onze pregões, a moeda norte-americana acumula uma desvalorização de 2,01%. São seis pregões de baixa contra cinco de alta. No último pregão de março, o dólar fechara cotado a R$ 3,5935 para compra e a R$ 3,5963 para venda.
Variação diária do dólar na décima quinta semana de 2016
| Data | Compra | Venda | Variação % | Variação |
| 15/04/16 | 3,5225 | 3,5240 | 1,38% | 0,0480 |
| 14/04/16 | 3,4745 | 3,4760 | -0,10% | -0,0035 |
| 13/04/16 | 3,4775 | 3,4795 | -0,44% | -0,0153 |
| 12/04/16 | 3,4918 | 3,4948 | 0,01% | 0,0002 |
| 11/04/16 | 3,4929 | 3,4946 | -2,83% | -0,1019 |
O dólar em 11 de Abril de 2016, segunda-feira
A moeda norte-americana encerrou o dia em queda de mais de dois por cento nesta segunda-feira, sendo negociada abaixo do patamar de R$ 3,50, na menor cotação desde o dia 20 de agosto do ano passado, quando a divisa fechara o dia negociada a R$ 3,46. Foi também a maior queda percentual diária desde 24 de setembro de 2015 (-3,73%). A queda do dólar na sessão ocorreu mesmo após rara atuação tripla do Banco Central para tentar sustentar as cotações, refletindo a euforia do mercado com a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Dólar derrete nesta segunda-feira, voltando a fechar abaixo de R$ 3,50 depois de oito meses
O dólar em 12 de Abril de 2016, terça-feira
Esta terça-feira começou com o dólar subindo forte, com alta superior a um por cento, reagindo positivamente à forte interferência do Banco Central no mercado de câmbio nacional. Porém, no fim da tarde, após mais um dia quente no cenário político brasileiro, com novos desdobramentos da aprovação do processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial da Câmara dos Deputados, além da deflagração de nova fase da Operação Lava Jato, que culminou com a prisão do ex-senador Gim Argello, a moeda norte-americana acabou não sustentando a alta inicial, fechando o pregão praticamente no mesmo patamar da sessão anterior, quando voltou a ser negociado abaixo de R$ 3,50, seu menor preço nos últimos oito meses.
O dólar em 13 de Abril de 2016, quarta-feira
O dólar voltou a recuar nesta quarta-feira, registrando a menor cotação do ano e dos últimos oito meses. A nova desvalorização da moeda norte-americana ocorre após mais dois partidos políticos terem deixado a base aliada do governo na noite anterior, o que aumenta as chances de aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que será votado no próximo domingo pela Câmara dos Deputados. O Banco Central chegou a intervir novamente no mercado de câmbio, tentando conter a queda do dólar através de novos leilões de swaps reversos. Porém, mais uma vez, não obteve êxito.
Dólar alcança nesta quarta-feira seu menor valor nos últimos oito meses
O dólar em 14 de Abril de 2016, quinta-feira
O dólar recuou novamente nesta quinta-feira, renovando a menor cotação do ano e dos últimos oito meses. A nova desvalorização da moeda norte-americana ocorre após mais partidos políticos terem deixado a base aliada do governo, o que aumenta as chances de aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que será votado no próximo domingo pela Câmara dos Deputados. O Banco Central chegou a intervir novamente no mercado de câmbio, tentando conter a queda do dólar através de novos leilões de swaps reversos. Porém, mais uma vez, não obteve êxito.
O dólar em 15 de Abril de 2016, sexta-feira
No último pregão antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, a cotação da moeda norte-americana voltou a subir consistentemente ante o real brasileiro. A alta desta sexta-feira é resultado da forte atuação do Banco Central sobre o mercado de câmbio brasileiro, comprando dólares no mercado futuro. Isso pressionou o preço do dólar para cima, em um dia em que muitos investidores preferiram ficar de fora do mercado, apenas aguardando o resultado final da votação. Influenciou também no preço da divisa dos Estados Unidos a divulgação de novos dados sobre a economia chinesa e mais uma baixa no preço do petróleo.
