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Fomc mantém juro nos EUA, mas muda foco das preocupações para a economia interna

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O Comitê de Mercado de Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) manteve as taxas de juros do país estáveis em 0,50% ao ano, como previa o mercado, mas mudou seu comunicado ao mercado que acompanha a decisão, tirando o foco do mercado externo para o interno. Para o Brasil, o dado é bom ao indicar que os juros americanos não devem subir rapidamente, o que aumentaria o custo de financiamento para o país. Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) conclui sua reunião para avaliar os juros básicos. O mesmo acontece mais tarde, com o Banco do Japão.

O Fomc retirou  do comunicado a menção ao cenário de risco externo, tanto da economia quanto dos mercados mundiais. A preocupação do Fed vinha desde o começo do ano, quando os mercados entraram em pânico com o desaquecimento da China e as informações de que os bancos centrais do Japão e da Europa adotariam taxas de juros negativas.

O receito das  autoridades americanas estava também em torno de um desaquecimento mais forte da China, Europa e Japão, e que provocou forte queda das bolsas, do dólar e dos juros. O mercado americano chegou a estimar que o Fed não subiria mais os juros este ano, devido ao receio do impacto sobre a economia mundial e sobre o próprio país.

A mudança no comunicado chamou a atenção dos mercados, que esperavam que o Fed ainda mencionasse a situação externa, mas destacando sua melhora. Alguns analistas viram a mudança como um sinal de que o Fomc estaria abrindo espaço para um aumento dos juros agora, na reunião de julho. Outros, como a MCM Consultores, considera que, ao não dizer que os riscos externos estão balanceados, o Fomc indica que os problemas ainda não foram superados e que vai continuar acompanhando seus desdobramentos.

Mas o restante do comunicado mostrou que o banco central americano apenas trocou o foco de suas preocupações, do exterior para a própria economia americana. Segundo a MCM, o Fed ressaltou a desaceleração da atividade econômica americana neste início de ano, e que deve ser confirmada com a divulgação do PIB dos EUA do primeiro trimestre amanhã. Segundo a MCM, essa desaceleração reflete uma moderação nos gastos de consumo das famílias americanas, apesar da renda em alta e da confiança ainda elevada.

Sobre o mercado de trabalho, o Fomc diz que o sinal é bastante favorável, apesar de a economia dar sinais de desaceleração em seu crescimento, observa o Banco Fator. O setor imobiliário do país segue bem, mas não os investimentos e o setor externo. O comunicado também retirou a observação sobre a puxada da inflação nos meses recentes, refletindo também números mais comportados dos núcleos dos índices de preços.

Para o Banco Fator, o comunicado do Fomc indica altas graduais nos juros. Já a MCM Consultores trabalha com dois aumentos dos juros neste ano, mas considera que o recado do Fomc foi de piora nas condições internas da economia, o que deve adiar esses ajustes para o segundo semestre deste ano.

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