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Endividamento atinge quase 2 milhões de famílias paulistanas em abril, aponta Fecomércio

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O número de famílias endividadas na cidade de São Paulo passou de 1,979 milhão em março para 1,962 milhão em abril, segundo dados apurados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio). Mesmo com a pequena queda de 0,5 ponto porcentual da proporção de famílias paulistanas endividadas na comparação com março, 51,1% delas estavam com algum tipo de dívida em abril. Já em relação ao mesmo período do ano passado, quando a proporção era 48,9%, houve aumento de 2,2 pontos porcentuais.

Na comparação com o mesmo mês de 2015, o indicador registrou alta de 207 mil famílias com dívidas. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). A inflação elevada e o aumento do desemprego são os principais fatores que contribuíram para a elevação anual do endividamento entre as famílias de menor renda.

Mais pobres, mais dívidas

Entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, a proporção de endividados atingiu 54,4%, o que representa uma alta de 0,2% em relação a março e de 3,6% na comparação com abril de 2015. Nas famílias que recebem mais de dez salários, a parcela de endividados foi de 41,7%, queda de 2,5% ante março e de 1,8% em relação ao valor de abril do ano passado.

Inadimplência sobe 5,3% em um ano

No mês de abril, 18,3% das famílias paulistanas afirmaram estar com as contas em atraso, uma queda de 0,1% em relação ao mês anterior. Apesar da pequena queda mês a mês, no comparativo com o mesmo mês do ano passado, o indicador apresentou alta de 5,3%.

Entre as famílias com contas em atraso, 46% delas afirmaram ter débitos vencidos há mais de 90 dias, 26,2% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias e 26% do total de famílias estavam com dívidas atrasadas por até 30 dias.

Menor renda tem maiores atrasos

Assim como o endividamento, a inadimplência também é maior nas famílias com menor renda. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 22,5% estão com contas atrasadas, alta na comparação com os 15,3% registrados em abril de 2015. A assessoria econômica da FecomercioSP afirmou que as famílias com menor renda sentem mais os efeitos da crise econômica, já que vivem com o orçamento mais apertado e precisam do crédito para melhorar seu padrão de consumo.

Cartão de crédito é o vilão

O cartão de crédito continua o vilão do endividamento e é o principal meio de financiamento das famílias, utilizado por 73,6% dos devedores em abril. Na sequência estão financiamento de carro (16%), carnês (14,2%), crédito pessoal (11,7%), financiamento imobiliário (12%) e cheque especial (10,2%). Na comparação com março, houve aumento de 2,7% na proporção de famílias endividadas no cartão e, na análise anual, foi registrada alta de 8,3%.

Dispara o uso do cheque especial

Houve também, em um ano, crescimento de 3,8% para 10,2% da proporção de endividados no cheque especial. A pesquisa da FecomercioSP reforçou que as famílias têm recorrido cada vez mais a linhas de crédito emergenciais, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, na tentativa de ganhar um fôlego no orçamento. Entretanto, são exatamente as modalidades que apresentam as maiores taxas de juros, o que pode levar à desorganização das finanças pessoais e aumentar o risco de inadimplência.

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