Hoje temos lá fora desempenho negativo e uma agenda cheia, o que deverá fazer os preços na bolsa aqui no Brasil. Após a reunião do Copom terminar na manutenção da taxa, que já era esperada pelos agentes, a falta de consenso levantou a dúvida em relação a um possível corte de 0,5% já em agosto. Até o momento o mercado de juros concentra suas apostas em outubro, o que pode ser alterado nas próximas semanas. No mercado cambial teremos novo leilão de Swap por parte do Banco Central, com 10 mil contratos ofertados.
Na Alvorada, segue o esforço das privatizações, desta vez em torno do IRB. Os bancos, sócios minoritários do Governo na seguradora, estão preocupados com o baixo preço a que pode sair a oferta, e o Governo pode escolher fazer o IPO sozinho, colocando os seus 27% de participação no mercado. Os mercados de capitais estão ganhando liquidez, abrindo a possibilidade da oferta, que representaria o fim do monopólio do Estado no mercado de resseguros. A empresa medirá o apetite do mercado pela colocação em outubro, indicando que o negócio está andando normalmente.
Ainda em Brasília, Temer sancionou reajuste de 41,5% para o judiciário, parte do plano de reajustes aprovado mais cedo este ano. Lewandowski, do STF, afirma que o número não corrige toda a defasagem nos salários da categoria, acumulada nos últimos anos
Lá fora as principais bolsas asiáticas se beneficiaram de alta, com a continuação dos rumores em torno de política econômica expansionista por parte dos governos. Bolsas europeias e futuros de índice em Nova York, entretanto, negociam em queda. No Reino Unido tivemos queda de 0,9% nas vendas do varejo, em linha com o esperado. Os contratos de petróleo vão operando de lado até o momento, mesmo com o departamento de energia americano divulgando ontem estoques abaixo do esperado para a commodity.
No cenário corporativo, teremos lá fora a General Motors, Samsung, AT&T e Visa divulgando resultados. Internamente a Localiza divulgará seus números após o fechamento. Temos também a estrangeira Blackstone em negociações para a compra do portfólio de shoppings da JHSF, detentora de cinco unidades em São Paulo, Manaus e Salvador, parte da estratégia da empresa para reduzir o endividamento elevado. A empresa tem R$ 1,2 bilhão líquido em dívidas, dos quais um terço vencerão ainda este ano. A carteira é avaliada em R$ 2 bilhões, mas a empresa ainda busca alternativas para evitar a venda da totalidade dos ativos.
AGENDA
- 08h45 Z.euro/BCE: decisão de política monetária
- 09h00 IBGE: IPCA-15 – Julho
- 09h30 Z.euro/BCE: presidente do BCE, Mario Draghi, concede entrevista coletiva
- 09h30 EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego – Semana até 16 de julho
- 09h30 EUA/Fed de Chicago: índice de atividade nacional – Junho
- 09h30 EUA/Fed de Filadelfia: índice de atividade regional – Julho
- 11h00 EUA/Conference Board: índice de indicadores antecedentes – Junho
- 11h00 EUA/NAR: vendas de moradias usadas – Junho
- 11h00 CNI: Sondagem Indústria da Construção – Junho
- 23h00 Japão: PMI industrial (preliminar) – Julho
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