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Copom manteve juros em 14,25% ao ano na quinta reunião de 2016

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Pela oitava vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu não elevar a taxa básica de juros da economia brasileira. Depois de sete aumentos consecutivos de meio ponto percentual, a meta da Taxa Selic foi mantida inalterada no maior patamar desde agosto de 2006. Com isso, o governo continua tentando a controlar o crédito e o consumo e, assim, domar a inflação.

Nas primeiras cinco reuniões realizadas em 2015, o Banco Central optou por elevar a meta da taxa de juros anual: em janeiro de 2015 (de 11,75% para 12,25%), em março de 2015 (de 12,25% para 12,75%), em abril de 2015 (de 12,75% para 13,25%), em junho de 2015 (de 13,25% para 13,75%) e em julho de 2015 (de 13,75% para 14,25%). Já nas reuniões realizadas em setembro, outubro e novembro de 2015, a Taxa Selic foi mantida em 14,25%. Nas quatro primeiras reuniões de 2016 – em janeiro, março, abril e junho – a taxa de juros também não foi alterada.

A decisão confirmou a expectativa dos economistas do mercado financeiro, que apostavam maciçamente em manutenção dos juros básicos da economia. Esta foi a primeira definição sobre juros com o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn. A decisão foi unânime entre os integrantes do comitê. Na reunião anterior, em 08 de junho, já sob o governo do presidente interino, Michel Temer, o BC ainda era comandado formalmente por Alexandre Tombini, embora o nome de Ilan Goldfajn já houvesse sido aprovado no Senado, como determina a lei.

Após a reunião do Copom, o BC divulgou o seguinte comunicado:

“ O cenário básico com que o Comitê trabalha pode ser resumido pelas seguintes observações:

O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom mostra perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo. Entretanto, as evidências sugerem que a economia segue operando com alto nível de ociosidade;

No âmbito externo, o cenário permanece desafiador. No curto prazo, o ambiente encontra-se relativamente benigno para as economias emergentes. No entanto, a dinâmica da recuperação da economia global permanece frágil, com incertezas quanto ao seu crescimento;

As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus para 2017 recuaram, mas seguem acima da meta para a inflação, de 4,5%; e

As projeções condicionais do Copom para a inflação permaneceram relativamente estáveis nos horizontes relevantes para a condução da política monetária desde sua última reunião, mas recuaram em relação às projeções divulgadas no último Relatório de Inflação. No cenário de referência, a projeção para a inflação de 2017 encontra-se em torno da meta de 4,5%. No entanto, no cenário de mercado, a projeção para 2017 está em torno de 5,3%.

O Comitê identifica os seguintes riscos domésticos para o cenário básico para a inflação:

Por um lado, (i) a inflação acima do esperado no curto prazo, em boa medida decorrente de preços de alimentos, pode se mostrar persistente; (ii) incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia permanecem; e (iii) um período prolongado com inflação alta e com expectativas acima da meta pode reforçar mecanismos inerciais e retardar o processo de desinflação;

Por outro lado, (iv) os ajustes na economia podem ser implementados de forma mais célere, permitindo ganhos de confiança e reduzindo as expectativas de inflação; e (v) o nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom.

Tomados em conjunto, o cenário básico e o atual balanço de riscos indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária“.

O manutenção da Taxa Selic em 14,25% ao ano ocorre em um momento de fraca atividade econômica, depois do país registrar a maior recessão dos últimos vinte e cinco anos em 2015, mas com a inflação em patamares ainda elevados.

A preocupação do Copom com a inflação não é em vão. Nos últimos seis anos, a inflação brasileira ficou bem distante da meta central de 4,50% ao ano estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, respectivamente, a inflação somou 5,91%, 6,50%, 5,84%, 5,91%, 6,41% e 10,67%.

O próprio Banco Central já admite que a inflação deve estourar o teto de 6,5% do sistema de metas também em 2016. Para este ano, o mercado prevê um IPCA de 7,26%. A autoridade monetária tem dito que trabalha para evitar a propagação da inflação neste ano para trazer o IPCA para o centro da meta, de 4,50%, até o final de 2018.

 

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