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Na Ásia, grande parte das bolsas fechou em alta impulsionada pelos dados da balança comercial da China, que vieram melhores do que o esperado. As exportações chinesas de agosto caíram 2,8% enquanto as importações avançaram 1,5%, contrariando as expectativas de queda de 5% e após o tombo de mais de 12% no mês passado. Também foi destaque a alta de dois dígitos nas importações de petróleo e de minério de ferro pelo país. A exceção ficou com a Bolsa do Japão que fechou no negativo após o vice-presidente do BoJ não descartar mais cortes na taxa de depósitos, que já está negativa, mesmo que isso possa prejudicar o lucro do setor bancário. Os futuros do petróleo seguem em trajetória de alta, após a API trazer estoques muito menores do que o esperado. O dado oficial de estoques americano, divulgado pelo DoE, sai hoje 12h00.
Na Europa e nos EUA os mercados devem reagir à decisão de política monetária do Banco Central Europeu, a ser divulgada às 08h45. Os mercados não esperam cortes na taxa de juros, mas a expectativa é que a instituição prolongue o prazo do programa de compras de ativo para além de março de 2017. Os investidores também devem ficar de olho nas projeções econômicas do BCE e no discurso do presidente da instituição, Mario Draghi e mais possíveis sinalizações. Na Europa, as bolsas operam sem direção definida, em meio à alta do petróleo e a cautela antes do BCE. Nos EUA, os futuros do S&P operam em alta, também a espera de Draghi. Ontem foi divulgado o Livro Bege, com as condições econômicas regionais do FED. O documento apresentou que grande parte das regiões teve crescimento moderado nos últimos três meses, sinalizando que a economia do país pode seguir em ritmo lento no próximo trimestre, o que levou os investidores a recalibrar suas expectativas em torno de uma possível alta de juros no curto prazo.
Por aqui, na volta do feriado da Independência, o mercado brasileiro deve ficar de olho nas movimentações do Planalto relacionadas ao ajuste fiscal. O Governo decidiu manter a decisão de apresentar uma proposta para reforma da previdência até o fim do mês, pressionado principalmente pela base aliada que quer sinalizações de comprometimento do Governo com o ajuste fiscal. O mercado também deve avaliar positivamente a iniciativa, apesar de parte do parlamento ficar contrariada, pois a medida é impopular e pode prejudicar o desempenho de candidatos nas eleições municipais em outubro. Por outro lado, foi mantida hoje a votação do projeto de aumento de 16,38% para os ministros no STF, ponto que desagrada não só os congressistas como também os mercados. Na Câmara, o deputado afastado, Eduardo Cunha, foi notificado da sessão para votação do seu afastamento definitivo, no dia 12. Segundo pesquisas os votos a favor da cassação estão em 237, enquanto os contra são 2. Lembrando que, para Cunha ser afastado são necessários 257 votos. Na parte macro, foi divulgado o IGP-DI de agosto, que registrou alta de 0,43%, após a deflação de 0,39% no mês passado e acima do esperado de alta de 0,26%.
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