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Hoje o tom do dia deve ser de cautela após na última sexta-feira os mercados voltarem a precificar uma possível alta nas taxas de juros dos EUA no curto prazo. Esse movimento se deu depois do presidente distrital do FED de Boston, Eric Rosengren, afirmar que “há uma justificativa razoável” para uma alta de juros “para evitar o superaquecimento da economia”, lembrando que a próxima reunião da instituição acontece na semana que vem entre os dias 20 e 21 de setembro. Então, os mercados devem ficar de olho nos discursos de outros membros do FED ao longo do dia, com destaque para a diretora do Banco Central americano Lael Brainard, que tem poder de voto nas decisões de política monetária. Os preços do petróleo também devem pressionar os mercados hoje, com queda forte desde o final da semana passada, após a Baker Huges divulgar aumento de poços em operação nos EUA e também na expectativa do relatório mensal da OPEP sobre o mercado de petróleo a ser divulgado hoje pela manhã. Além disso, os mercados não estão confiantes de que no fim do mês, em reunião informal, os produtores da commodity consigam chegar a um acordo para limitar a produção. Assim, na Ásia as bolsas fecharam em queda e as praças europeias e o futuro do S&P operam no vermelho.
Por aqui, os investidores devem seguir os movimentos lá de fora, com agenda esvaziada e sem muitas novidades. No entanto, o mercado deve acompanhar a sessão da Câmara para votar o afastamento definitivo de Eduardo Cunha. Segundo pesquisa, 280 deputados já declararam favoráveis à perda de mandato de Cunha, lembrando que são necessários 257 votos. No Planalto, em meio a inúmeras manifestações contra o presidente, Michel Temer tenta acalmar os ânimos da população. No final de semana afirmou ser contra o reajuste dos ministros do STF, assunto que vem gerando polêmica não só nas ruas, como também dentro da base aliada de Temer. Já Henrique Meirelles, afirmou que o plano de privatizações e concessões deve ser apresentado até sexta-feira. O ministro da Fazenda ainda afirmou que a previsão de receitas com concessões e outorgas para 2016 é de R$22 bilhões, sendo que R$21 já foram arrecadados. Ainda em Brasília, o foco do governo agora é afinar as ações de comunicação relacionadas Reforma da Previdência. Temer decidiu lançar uma campanha de conscientização popular para ajudar na aprovação da medida no Congresso. Na agenda macroeconômica, foi divulgado o IGP-M de setembro, que registrou alta de 0,38%, ante estabilidade na mesma leitura de agosto. Com isso, o indicador acumula alta de 6,65% no ano e de 10,86% em 12 meses.
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