Às 11h45, o Índice Bovespa registrava perdas de 2,29%, para 58.881 pontos, pressionado pelo recuo do mercado estrangeiro no dia em que a Coreia do Norte realizou um novo teste nuclear.
Entre principais destaques negativos, as ações ordinárias (ON, com voto) e preferenciais da série A (PNA, sem voto) da Vale recuavam (BOV:VALE3) 3,77% e (BOV:VALE5) 3,22%, refletindo a desvalorização de 0,62% do minério de ferro na China, a US$ 57,78 a tonelada.
Petrobras ON (BOV:PETR3), por sua vez, caía 3,05% e seus papéis PN (BOV:PETR4), 2,88%, também sob pressão da baixa do petróleo lá fora. O barril do WTI, negociado em Nova York, perdia 2,69%, para US$ 46,34, e o Brent, de Londres, 2,82%, para US$ 48,58. O Conselho de Administração da Petrobras aprovou ontem a permanência de Ivan de Sá Pereira Junior na presidência da Petrobras Distribuidora (BR), o braço da estatal para o setor de distribuição de derivados.
Com maior peso da bolsa brasileira, Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4) tinha recuo de 2,05%, Bradesco PN (BOV:BBDC4), 2,60%, Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3), 2,90%, e as units (recibos de ações) do Santander (BOV:SANB11), 1,22%. Em seu quarto dia, a greve dos bancários atingiu mais de 40% das agências de todo o país. A mobilização, que já teve a adesão de mais de 20 capitais, retoma hoje as negociações entre a categoria e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
No quadro político, o Senado aprovou ontem por 44 votos a 5 a Medida Provisória (MP) que cria o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), assim como a MP sobre redução do número de ministérios.
Exportadoras lideram ganhos do Ibovespa; CSN recua 4%
Com o dólar em alta, os únicos dois avanços do Ibovespa eram marcados pelas exportadoras, Fibria ON (BOV:FIBR3) ganhava 1,85% e Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 1,31%. Já as piores quedas do indicador ficavam com CSN ON (BOV:CSNA3), 4,43%, Pão de Açúcar PN (BOV:PCAR4), 3,69%, BM&FBovespa ON (BOV:BVMF3), 3,49%, e Cemig PN (BOV:CEMIG4), 3,24%.
Exterior perde quase 1% com teste nuclear coreano
Enquanto os investidores refletiam a desaceleração do índice de preços ao consumidor chinês de agosto, de 1,8% para 1,3% na base anual, menor do que o esperado pelo mercado (1,7%), as principais bolsas globais também eram afetadas pelas notícias de um novo teste nuclear na Coreia do Norte.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones caía 1,04%, o S&P 500, 1,18%, e o índice da Nasdaq, 1,11%. No mesmo sentido, na zona do euro, o Stoxx 50 recuava 1,08%, o britânico Financial Times, 1,32%, o francês CAC, 1,17%, e o alemão DAX, 1,05%. Na França, a produção industrial recuou 0,6% em julho, pior do que o esperado pelos analistas (+0,3%).
Juros sobem; dólar avança 2% com BC
Mais cedo, os juros futuros válidos até janeiro de 2017 subiam de 13,94% ao ano para 13,96%. Para 2018, as projeções também passavam de 12,47% para 12,56%, assim como 2021, que tinha projeções de 12,55%, contra 12,47% ontem. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, acumulou em agosto taxa de 9,62% em 12 meses. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,44% em agosto e acumula taxa de 8,97% em 12 meses.
No mercado de câmbio, o Banco Central (BC) anunciou leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso de US$ 500 milhões com vencimentos para 3 de outubro, 1º de novembro e 1º de dezembro deste ano e 2 de janeiro do ano que vem. O presidente do BC, Ilan Goldfajn, garantiu pela manhã “que o real não está descolado de fundamentos”. O dólar comercial subia 1,68%, para R$ 3,26 na venda, seguido pelo dólar turismo, 2,10%, sendo vendido a R$ 3,41.
Juros baixos e volatilidade reduzida aumentam riscos
A baixa volatilidade dos mercados internacionais, somada aos juros negativos ou perto de zero, está levando os investidores de todo o mundo a correrem mais riscos, o que tem beneficiado países com taxas de juros mais altas e feito os mercados de ações globais subirem. O aumento dos volumes aplicados e da agressividade dos investidores, porém, pode em algum momento, quando a volatilidade voltar, levar a uma desmontagem forte das posições e quedas nos mercados. A avaliação é de Luís Stuhlberger, gestor do maior fundo multimercado do Brasil e um dos maiores do mundo, o Verde.
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