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No penúltimo encontro de 2016, Copom reduz Taxa Selic após nove reuniões seguidas de inércia

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Nesta quarta-feira, 19 de Outubro de 2016, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), decidiu reduzir a taxa básica de juros (Taxa Selic) de 14,25% ao ano para 14,00% ao ano.  Mesmo com a decisão, os juros básicos da economia brasileira mantem-se bastante elevados, no segundo maior patamar desde a reunião de 30 de Agosto de 2006, quando o Copom reduziu a Taxa Selic de 14,75% para 14,25% ao ano. Também foi a primeira vez desde o estabelecimento do plano Real que o Copom fixou os juros brasileiros em 14,00% ao ano.

A Taxa Selic é o principal instrumento do BC para tentar manter a inflação oficial do país, aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), o centro da meta de inflação corresponde a 4,50% ao ano, com uma margem de erro de 2,00%, podendo variar entre 2,50% (piso da meta de inflação) e 6,50% (teto da metade inflação).

O cenário básico do Copom pode ser resumido pelas seguintes observações feitas logo após o término da reunião:

“O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica um pouco abaixo do esperado no curto prazo, provavelmente em virtude de oscilações que normalmente ocorrem no atual estágio do ciclo econômico. A evidência disponível é compatível com estabilização recente da economia brasileira e possível retomada gradual da atividade econômica.  A economia segue operando com alto nível de ociosidade;

No âmbito externo, o cenário ainda apresenta interregno benigno para economias emergentes. No entanto, as incertezas sobre o crescimento da economia global e, especialmente, sobre a normalização das condições monetárias nos EUA persistem; 

A inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência da reversão da alta de preços de alimentos; 

As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus para 2017 recuaram para em torno de 5,0% desde o último Copom e do Relatório de Inflação (RI) do terceiro trimestre, e seguem acima da meta para a inflação, de 4,5%. As expectativas para 2018 e horizontes mais distantes já se encontram em torno desse patamar; e 

As projeções do Copom para a inflação de 2016 nos cenários de referência e mercado recuaram desde a divulgação do último RI e encontram-se em torno de 7,0%. No horizonte relevante para a condução da política monetária, o comportamento das projeções em relação ao RI mais recente variou conforme o cenário. No cenário de referência, a projeção para 2017 recuou para aproximadamente 4,3%, enquanto que a projeção para 2018 encontra-se em torno de 3,9%. No cenário de mercado, a projeção para 2017 manteve-se praticamente inalterada em torno de 4,9% e a projeção para 2018 aumentou para aproximadamente 4,7% – ambas acima da meta para a inflação para esses dois anos-calendário, de 4,5%.

A magnitude da flexibilização monetária e uma possível intensificação do seu ritmo dependerão de evolução favorável de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e 2018. O Comitê destaca os seguintes fatores domésticos: que os componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica retomem claramente uma trajetória de desinflação em velocidade adequada; e que o ritmo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia contribuam para uma dinâmica inflacionária compatível com a convergência da inflação para a meta. O Comitê avaliará a evolução da combinação desses fatores”.

Após a primeira reunião ano, quando o Copom surpreendeu a todos e manteve a taxa Selic inalterada, todo o mercado financeiro brasileiro passou a apostar na manutenção dos juros no patamar atual por tempo indeterminado. Nos últimos boletins Focus, entretanto, o mercado financeiro passou a apostar que a taxa de juros será reduzida até o final do ano, quando atingirá o patamar anual de 13,75%. Para atingir tal projeção, o Copom teria que cortar mais 0,50% dos juros na última reunião do ano, marcada para os dias 29 e 30 de Novembro.

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