ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Recursos principais

Registration Strip Icon for smarter Negocie de forma mais inteligente, não mais difícil: Libere seu potencial com nosso conjunto de ferramentas e discussões ao vivo.

Crédito cai 2% em outubro e reforça sinais de desaceleração do PIB; queda real é de 10%

LinkedIn

O estoque de crédito do sistema financeiro nacional recuou 2% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, para R$ 3,09 trilhões, segundo dados do Banco Central (BC). Em setembro, a queda havia sido de 1,7%. Em 12 meses, o saldo total de crédito recuou 10,2% em termos reais (descontada a inflação), estima a Rosenberg Associados.

Com esse fraco resultado, o crédito como percentual do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 50,8% em setembro para 50,3% em outubro, com ganho de participação dos bancos privados no total (de 43,5% para 43,8%). No entanto, tanto bancos públicos como privados contribuíram para a queda do crédito no mês.

23867511-1812-0372-8585-525658326663.png

Fonte: MCM

Segundo a MCM Consultores, os dados de outubro não contêm quaisquer evidências de recuperação dos empréstimos, com desaceleração ainda mais intensa no caso das empresas devido à piora da atividade econômica. Apesar disso, a inadimplência demora a subir (principalmente no caso de pessoa física) em um cenário de deterioração do mercado de trabalho devido ao  movimento de renegociação de dívidas.

Já a Rosenberg Associados diz que a nota de crédito mostra que “estamos a anos luz de uma volta aos tempos de abundância de crédito” dos anos 2000. Segundo a consultoria, mesmo a pequena recuperação da concessão de crédito com recursos livres, que trazia algum alento, foi temporariamente abortada. Considerando as concessões apenas, ou seja, os novos empréstimos concedidos em outubro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado, a consultoria estima uma retração real de 15,7%.

Os resultados “desafiam a noção de que estamos vivenciando uma estabilização da atividade econômica, conforme consta na avaliação do panorama econômico do Banco Central”. A consultoria admite que a greve dos bancários afetou o resultado trimestral, mas “ainda assim as notícias não são alvissareiras”. A Rosenberg destaca a queda nas concessões do BNDES para empresas

Pessoa Física

O saldo de crédito às famílias desacelerou de 3,7% para 3,3% em 12 meses entre setembro e outubro. O resultado pode ser atribuído ao menor crescimento do crédito direcionado (de 7,5% para 6,3%, puxado por financiamentos imobiliários), já que o crédito livre cresceu de 0,5% para 0,7% em 12 meses, devido sobretudo a cartão de crédito à vista. Em termos reais, houve queda de 6,7% no crédito livre (ante -7,4% em setembro) e de -1,5% no direcionado (ante -1,0% em setembro).

Já as concessões de crédito no conceito média diária real tiveram elevação de 0,7% em 12 meses no crédito livre (em setembro, houve queda de -9,0%). Já no direcionado, as concessões caíram 17,8%, ante -29,7% de setembro.

Segundo a MCM, na série livre de influências sazonais, as concessões de crédito livre se elevaram 7,6% em relação ao mês anterior, devido em maior parte às modalidades cheque especial, crédito pessoal e outros livres. No crédito direcionado, há uma elevação de 6,7% pela reversão dos financiamentos imobiliários. A MCM observa que diversas modalidades (mais notadamente crédito pessoal e imobiliário) foram afetadas pela greve dos bancários em setembro, o que explica a elevação na margem.

01773626-6305-3444-7658-300238836770.png

Fonte: MCM Consultores

Inadimplência estável e spread maior

A inadimplência das famílias ficou estável em 4,2% no mês, com estabilidade tanto no crédito livre (6,2%) como direcionado (2,0%). O spread (diferença entre custo de captação e do empréstimo) médio das operações às famílias se elevou de 32,8% para 33,3%, com aumentos tanto em livres como direcionados.

18464005-5557-1581-1301-268463633452.png

Fonte: MCM

Menos crédito para empresas

O saldo de crédito às empresas passou de -6,5% para -6,7% na comparação com o ano passado entre setembro e outubro. A aceleração da queda se deve ao crédito com recursos direcionados (de -4,9% para -5,4%, puxada pelos financiamentos do BNDES). O crédito livre reduziu a queda, de -8,3% para -8,0%, com menor recuo do crédito para capital de giro e financiamento de exportações.

Em termos reais, houve queda de 14,8% em 12 meses das operações para empresas com recursos livres (ante -15,4% em setembro) e de 12,3%do crédito com recursos direcionados (mesma taxa do mês anterior).

Concessões médias caem

As concessões de crédito para as empresas no conceito média diária real tiveram quedas de 17,3% na carteira de recursos livres (-20,8% em setembro) e de 43,3% na carteira de recursos direcionados (ante -37,8% em setembro).

Na série com ajuste sazonal, no entanto, houve elevação de 2,7% das concessões de recursos livres em relação ao mês anterior, mas queda de 6,1% das concessões com recursos direcionados, disseminadas entre as modalidades.

Inadimplência maior

Já a taxa de inadimplência das empresas subiu de 3,3% em setembro para 3,6% em outubro, com aumento tanto na carteira de recursos livres (+0,1 ponto percentual, para 5,6%) como direcionados (+0,5 ponto, para 1,8%). O spread bancário se elevou 0,5 ponto percentual, para 12,4%, devido ao aumento na carteira de livres (+0,9 ponto, para 18,9%).

O post Crédito cai 2% em outubro e reforça sinais de desaceleração do PIB; queda real é de 10% apareceu primeiro em Arena do Pavini.

Deixe um comentário