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O que fazer com o dinheiro em novembro? Especialistas dão dicas das melhores aplicações

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O principal cenário da TAG Investimentos é de queda dos juros no Brasil, o que torna atraentes para os clientes os papéis mais longos do Tesouro corrigidos pela inflação, as NTN-B, afirma Marco Bismarchi, sócio da gestora. Já o Índice Bovespa pode cair, num movimento de realização de lucros, após a alta forte dos últimos três meses. “No longo prazo, porém, devemos entrar em um ‘bull Market’ (mercado de alta), que deve trazer ganhos para o investidor em ações”, afirma.

Mês de maior instabilidade

Já o dólar está num nível razoável, avalia Bismarchi, por isso a gestora não recomenda compra ou venda. A moeda deve ficar entre R$ 3,20 e R$ 3,25, mas sujeita a solavancos ocasionais de alta por conta da eleição americana. Ele alerta que novembro deve ser um mês volátil com a reta final das eleições nos EUA e há risco de uma reviravolta com o FBI investigando a democrata Hillary Clinto, que ainda é a favorita, mas vem perdendo espaço para o republicano Donald Trump. “A corrida não vai ser tão fácil e isso pode criar volatilidade nos mercados de curto prazo, com maior impacto sobre bolsa e dólar”, diz.

Corte de juros pelo BC é principal evento

Bismarchi cita declarações do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmando que vai avaliar os dados e os acontecimentos na economia para decidir a taxa de juros brasileira. Nesse sentido, se a PEC 241, que fixa um limite para os gastos do governo, passar no Senado, e a reforma da Previdência caminhando e uma inflação mais fraca neste mês podem levar o BC a cortar a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual.

Se as coisas não forem tão bem, o corte deve ser menor, 0,25 ponto. “Há dois lados na decisão, de mostrar compromisso com o controle da inflação tentar dar um alívio para a economia real, que ainda não está se recuperando”, afirma Bismarchi. “Fica um problema para o BC cortar mais rápido para ajudar a economia e passar uma ideia de falta de atenção à inflação”, acrescenta. Ao mesmo tempo, o conservadorismo do BC força o Congresso a aprovar as reformas para acelerar a queda dos juros. “A certeza é que Golfajn provavelmente vai preferir se cobrado por ser mais conservador, e não menos”, diz.

Selic de 9,5% ao ano deve dar ganhos a LTN e NTN-B

A TAG vê a Selic em torno de 9,5% ao ano no fim do ano que vem e, por isso, tem sugerido aos clientes carteiras com um mix de papéis prefixados, as LTN, com prazos mais longos, 2019 a 2023 (taxas de 11,63% e 11,56%, respectivamente), e pós fixados corrigidos pela inflação, as NTN-B, especialmente as 2019 e 2024, bem como as mais longas, para 2045 e 2050. “As prefixadas e as NTN-B mais curtas têm mais prêmio contando com o cenário de corte nos juros, mas também tem mais risco de algo dar errado”, diz.

Bolsa risco no curto prazo, ganhos no longo

Já bolsa segue como recomendação para quem tem visão de longo prazo pela tendência de recuperação da economia e das empresas. Sobre papéis de empresas e bancos, o chamado crédito privado, Bismarchi vê uma demanda reprimida muito grande por parte dos investidores, o que reduz os prêmios para pessoas físicas. “O risco não compensa o nível de remuneração que tem aparecido”, diz. Ele lembra que, com a economia real ainda fraca, o investidor precisa ser ainda mais cauteloso na seleção dos nomes dos emissores e correr apenas riscos que valham a pena, com boa remuneração.

Mais sustos no cenário externo

Isak Benaderet, diretor de estratégia da Porto Seguro Investimentos, vê uma agenda muito carregada no curto prazo, especialmente pela eleição presidencial nos Estados Unidos, que pode não significar nada ou representar uma grande forte de turbulência para os mercados. “Ficamos ressabiados com os ativos, ainda há problemas nas políticas monetárias dos países desenvolvidos que podem trazer algumas mudanças para os emergentes”, alerta. Ele lembra que a Itália terá um referendo importante sobre o poder do presidente da República que pode repetir a crise provocada pela saída do Reino Unido da União Europeia. “O setor externo promete trazer muito ruído para o otimismo que surgiu com relação ao Brasil recentemente”, diz.

Lua de mel entre Temer e mercados ajuda investimentos

Benaderet, que cuida da estratégia dos R$ 2 bilhões em recursos de terceiros da Porto Investimentos, considera que está consolidada uma “lua de mel” entre o governo e o mercado, que está gostando das medidas do presidente Michel Temer e responde puxando os preços dos ativos. Um exemplo é o apoio à equipe econômica e o fim das amarras criadas nos últimos anos sobre as agências reguladoras e os preços administrados. “Essa lua de mel ficou clara quando o governo mostrou que tinha maioria no Congresso para aprovar as reformas, com a votação da PEC 241”, diz. E a eleição municipal confirmou esse processo de apoio da população às mudanças do novo governo, com a derrota “acachapante” do PT. “Isso tudo é muito bom para os ativos”, diz.

Ganho maior nas NTN-B curtas

Benaderet diz que vê ganhos nas NTN-B mais curtas, vencendo em 2019 e 2024, pois elas serão as mais afetadas pela esperada redução dos juros esperada pelo mercado neste ano e no próximo. “As NTN-B longas, 2045, 2050, também são boas opções, mas pelo prazo mais longo serão menos afetadas pela mudança”, explica, lembrando que os juros reais das NTN-B mais curtas estão mais altos, em 6% ao ano mais IPCA, enquanto as 2050 pagam 5,70% reais. “Como a Selic deve ir para 10,5%, 11% ao ano o impacto nas curtas deve ser maior”, diz, lembrando que também as LTN, prefixadas e de prazo mais curto também sentirão essa queda e vão se ajustar.

NTN-B cairá para 4,5% reais

Para o executivo, à medida que as perspectivas de inflação recuarem, o juro real das NTN-B tende a convergir para perto de 4,5% ao ano, por isso, papéis que paguem perto de 6% ao ano são atrativos para o investidor.

Dólar não deve cair muito mais

Já no câmbio o fluxo de recursos para o país deve continuar, com emissões de empresas brasileiras no exterior e aquisições de companhias locais por estrangeiras. Para ele, o nível de R$ 3,20 atual não é dos mais atrativos e pode haver valorização maior do real no curto prazo. “Mas é preciso ver que o dólar muito perto de R$ 3,00 pode fazer o país perder um pouco do ajuste da conta corrente externa, que voltaria a se deteriorar, com o aumento dos gastos com viagens ao exterior, por exemplo”, alerta. Assim, o BC poderia aumentar sua atuação no câmbio para evitar uma valorização exagerada do real ou os próprios investidores podem parar de trazer dólares ou passar a comprar mais moeda americana. “O Brasil tem muitos desafios pela frente, não vai recuperar o grau de investimento de baixo risco das agências por uns bons anos, e tem um grande desafio no lado fiscal que não justificam um dólar tão baixo”, diz.

Para ele, o dólar reflete essa lua de mel com o mercado. “Mas será um patamar perigoso diante dos desafios do país, por isso imaginamos que o dólar volte para R$ 3,35 no ano que vem”, diz.

Preços das ações brasileiras não condiz com o lucro

Na renda variável, Benaderet observa que está havendo um ajuste nos portfólios de fundos de pensão e pessoas físicas, que estavam fora da bolsa e agora estão retornando. E esse fluxo deve continuar pelo volume a ser investido pelas fundações, que ainda é grande. Mas ele diz que está incomodado pela alta dos preços das ações sem uma melhora da saúde das empresas. Indicadores mostram que os preços das ações estão nos maiores níveis em relação aos lucros projetados da história do mercado brasileiro, explica. Assim, apesar de enxergar otimismo e ver novas compras no mercado, ele espera dados mais seguros de que o lucro das empresas vai realmente subir para compensar os novos preços para sustentar a alta da bolsa. “As ações podem ainda se valorizar, mas são menos atrativas em relação ao potencial de alta que vemos na renda fixa”, diz.

Ele evita dizer, porém, que é hora de realizar lucros na bolsa. “Se o investidor achar que o Brasil pode ter crescimento mais robusto, o lucro pode ser maior e a relação do Preço com o Lucro se ajusta sem cair preço” explica.

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