Depois do IPCA-15 abaixo do esperado em dezembro divulgado na semana passada, os analistas e bancos pesquisados pelo Banco Central (BC) em seu relatório Focus reduziram as estimativas para o IPCA deste mês para O,41%, ante 0,49% na semana anterior. Para fevereiro, a estimativa caiu de 0,61% para 0,59%.

Já os IGPs, que têm uma parcela de preços no atacado importante, representando 60% do índice, tiveram suas estimativas elevadas ligeiramente, de 0,47% para 0,47% em dezembro no caso do IGP-DI e de 0,40% para 0,41% no IGP-M. A alta veio em função da segunda prévia do IGP-M de dezembro acima do esperado por conta do atacado.

Com essas estimativas, o IPCA deve fechar este ano em 6,40%, percentual abaixo dos 6,49% da semana passada. Para 2017, a projeção também foi revista, de 4,90% para 4,85%, aproximando-se mais um pouco da meta do BC, de 4,5%. As projeções dos IGPs para 2017 também caíram, de 5,13% para 5,10% no caso do IGP-DI e de 5,07% para 5,06% no IGP-M.

Apesar do IPCA mais baixo, o mercado manteve em sua maioria a previsão de corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros Selic em janeiro. Mas as cinco instituições que mais acertaram as projeções nos últimos meses, os Top 5, já projetavam há quatro semanas um corte maior, de 0,75 ponto percentual. Com isso, a taxa pode cair de 13,75% ao ano hoje para 13,25% ou 13,00% ao ano.

O dólar também foi revisto para baixo nesta semana, para R$ 3,37, ante R$ 3,38 na semana anterior. Para 2017, a estimativa subiu para R$ 3,50, ante R$ 3,49 na semana anterior.

A taxa de juros Selic para o fim do ano que vem ficou estável em 10,50%. Já o crescimento do PIB foi revisto para pior: queda de 3,49% este ano, contra 3,48% na semana passada, e crescimento de apenas 0,50% no ano que vem, ante 0,58% na pesquisa anterior.

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