ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

Setubal: cartão de crédito terá de cobrar outras coisas para compensar limites ao rotativo

LinkedIn

As mudanças nas regras do crédito rotativo dos cartões de crédito, objeto de regulamentação do governo, vão exigir algumas revisões nos custos de outras linhas dos cartões para compensar as perdas. A avaliação é de Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), maior banco privado do país.

Segundo ele, hoje 95% dos financiamentos feitos via cartão têm juro zero, são os chamados “parcelados sem juros” oferecidos pelas lojas, enquanto 5% representam o rotativo, que responde por toda a receita de juros. “Ou seja, temos um preço absurdamente elevado no rotativo e nenhum no parcelado, por isso acho que vai ter de ser criada alguma forma de reduzir o subsídio cruzado”, diz.

“Talvez com a criação de um parcelado com juros e uma redução no juro do rotativo, mas isso está em discussão entre as empresas”, explica. “É preciso ver com cuidado, pois muitas empresas do setor já foram criadas dentro dessa distorção”, afirma Setubal, que classifica a norma do governo como “parte da solução”.

A partir de março, os bancos não poderão refinanciar dívidas de cartões no rotativo por mais de um mês. A partir do segundo mês, o saldo do rotativo deverá ser transformado em uma operação de crédito parcelada, de juros mais baixos. A medida busca evitar que os consumidores continuem se enrolando no rotativo, a principal fonte de inadimplência das famílias hoje.

Para Setubal, o rotativo é um exemplo das distorções grandes que existem no mercado brasileiro. “Se considerarmos os 95% que não pagam nada em seus financiamentos no cartão e os 5% do rotativo, a taxa média do setor de cartões seria muito mais baixa que a do rotativo, em torno de 3%, próximo das taxas de outras linhas para pessoas físicas”, diz. “Se não for criada uma compensação, a mudança no rotativo pode afetar a oferta de crédito”, alerta, lembrando que o spread alto do rotativo serve para cobrir as perdas com a inadimplência mais alta. “Se a taxa diminuir e a inadimplência continuar, vai haver compensações de outras formas”, diz.

O post Setubal: cartão de crédito terá de cobrar outras coisas para compensar limites ao rotativo apareceu primeiro em Arena do Pavini.

Deixe um comentário