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Acabaram as cartas da manga

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A amplamente esperada entrevista coletiva com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles e o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, realizada no fim da tarde desta quarta-feira, decepcionou o mercado que contava com uma solução para o gigantesco rombo dentro de uma meta primária já significativamente deficitária a ser perseguida neste ano.

A primeira frustração começou logo na projeção revisada para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2017. Quando foi elaborada a peça orçamentária, o governo estimou que a economia cresceria 1,6% neste ano. O mercado estava ciente do excesso de otimismo da equipe econômica na projeção para o PIB, mas a redução foi mais drástica do que se esperava. Agora, o governo projeta um crescimento de apenas 0,5% em 2017.

Com uma expectativa bem menor de crescimento, o governo teve de rever para baixo sua projeção de arrecadação. Como, na prática, não está havendo cortes de gastos (pelo contrário, nesta nova estimativa, por exemplo, as despesas primárias são 3,4 bilhões maiores que as previstas no Orçamento), ao somar todas essas revisões foi encontrado um rombo de 58,2 bilhões de reais para o cumprimento de uma meta de déficit primário de 139 bilhões de reais. Ou seja, faltam 58,2 bilhões para o governo conseguir fechar o ano devedor em 139 bilhões. Uma verdadeira catástrofe.

A equipe econômica deveria anunciar nesta quarta-feira como deverá tapar esse novo buraco de 58,2 bilhões para conseguir cumprir a meta de déficit primário. Entretanto, num gesto bastante incomum, Meirelles afirmou que vai divulgar o corte de despesas e um possível aumento de impostos somente na próxima terça-feira.

O ministro da Fazenda empurrou a solução para a próxima semana porque está avaliando possível ingresso de recursos (entre 14 bilhões a 18 bilhões de reais) no Orçamento em decisões judiciais favoráveis à União (julgamento dos casos das usinas hidrelétricas e precatórios).

Contar com uma receita extra, vindas de vitórias na Suprema Corte, para tapar um buraco no Orçamento dentro de um buraco ainda maior na meta a ser perseguida, é uma clara sinalização de que acabaram as cartas na manga. O governo parece não saber o que fazer para tapar novos buracos e, por isso, precisa de mais tempo, talvez a espera de um milagre.

A única certeza que parece estar sobre a mesa é mais um lamentável aumento de impostos. Meirelles afirmou que existe uma boa possibilidade de elevação tributária para cobertura de parte do rombo divulgado no relatório desta quarta-feira, mas não entrou em nenhum detalhe.

Mesmo com a máquina pública tão inchada, o governo se recusa tocar uma agenda para cortar gastos desnecessários e ineficientes. Grande parte dos cidadãos brasileiros que acompanham o noticiário político e econômico sabe onde o serviço precisa ser feito para cortar o excesso: privilégios, salários, cargos públicos, fundo partidário, entre outros. Uma boa tesourada nessas áreas colocaria o governo em situação de superávit primário.

No cenário externo, o ataque terrorista ao Parlamento britânico dominou os noticiários, onde 5 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas depois que um carro avançou sobre os pedestres. Um policial que estava protegendo o Parlamento morreu. O agressor foi baleado por outro policial.

Mark Rowley, autoridade máxima britânica de contraterrorismo, afirmou que o agressor agiu supostamente inspirado no terrorismo islâmico, mas recusou revelar sua identidade. O atentado aconteceu às vésperas das eleições na França, podendo alimentar ainda mais a crescente onda da extrema-direita e/ou pressionar os atuais líderes europeus a tomarem atitudes mais enérgicas em relação à segurança.

A bolsa de Londres despencou novamente no pregão desta quarta-feira, já se aproximando da primeira (frágil) linha de suporte aos 7.271 pontos.

FTSE

Nos Estados Unidos o índice S&P500 fechou o pregão em leve alta, ainda vendido no curtíssimo prazo, aguardando o desfecho da importante disputa a ser travada amanhã no Congresso.

SPX

No Brasil, o índice Bovespa (BOV:IBOV) trabalhou movimento de alívio, fechando o pregão em alta de 0,86%. O respiro é um movimento técnico de pullback sobre a região de pivot dos 64k e ainda é insuficiente para alterar a tendência descendente iniciada aos 69,4k.

Ibovespa

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