Apesar de visto como “apressadinho” e caro, o Ibovespa (BOV:IBOV) ainda tem espaço para subir. Essa é a avaliação do BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (16) e assinado pelos analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira.
Segundo eles, embora o rali tenha de fato sido grande e rápido, e que ainda há um número de grandes riscos no curto prazo, “acreditamos que há espaço para mais”.
O BTG calcula que, ao se excluir a Vale e a Petrobras, o Ibovespa negocia a 12,8 vezes o múltiplo do preço sobre o lucro esperado para os próximos 12 meses. Este nível está apenas um pouco acima da média histórica, mas ainda com estimativas baixas para os lucros.
Até onde vai
O banco simulou cinco possíveis cenários para o Ibovespa levando em conta variáveis como inflação, crescimento, taxa de juros e aprovação das reformas fiscais e estruturais. As projeções colocam o índice entre 35.613, na pior estimativa, e a 100.309 pontos na melhor.
Apesar disso, Sequeira e Teixeira avaliam que o índice poderia estar hoje a um desvio padrão acima da média, o que aconteceu várias vezes no passado recente. Nesse patamar, a Bolsa estaria a 73 mil pontos. Isso a coloca a um passo do recorde de 73.516 pontos visto em 20 de maio de 2008.
“Em um cenário assumindo que as reformas constitucionais são aprovadas e a economia começa a crescer novamente, o potencial de valorização poderia ser grande. Discutir taxas de juros reais de aproximadamente 3% pode ser um pouco prematuro, mas se a Reforma da Previdência passar, o debate sobre como as taxas reais baixas pode ir para o centro do palco”, afirmam.
Veja, abaixo, as projeções do banco: